MERCADO

Aumento nos preços da carne suína impulsiona o setor

Analista atribui alta da carne suína às expectativas positivas no curto prazo, impulsionadas pelo otimismo em relação ao fim do ano

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Foto: Prefeitura de Capão Bonito

A semana foi marcada por aumento significativa nos preços do quilo vivo e nos cortes de carne suína no atacado.

Allan Maia, analista da Safras & Mercado, atribui esse avanço às expectativas positivas no curto prazo, impulsionadas pelo otimismo em relação ao consumo e reposição entre atacado e varejo, devido à capitalização das famílias.

Maia destaca ainda a expectativa de ajuste de estoques das varejistas para as festividades de dezembro.

A sinalização de alta nas concorrentes, carne bovina e carne de frango, reforça a competitividade dos cortes suínos.

No cenário dos frigoríficos, embora haja certa cautela na negociação do quilo vivo, observa-se maior atividade em comparação com os dias anteriores, gerando otimismo entre os suinocultores.

Maia ressalta a atenção dos produtores ao custo, especialmente diante da postura retraída dos produtores nas negociações de milho, que mantém um viés firme no país.

Maia informou que, em outubro, as exportações brasileiras de carne suína atingiram 91,037 mil toneladas, alcançando um preço médio de US$ 2,178,46 por tonelada, o patamar mais baixo do ano, segundo dados consolidados por Safras.

Preços do suíno

O levantamento da Safras & Mercado indica que a média de preços do quilo do suíno vivo no país teve um aumento semanal, passando de R$ 5,86 para R$ 5,92.

Os cortes de pernil no atacado também apresentaram elevação, de R$ 10,26 para R$ 10,57, e a média da carcaça subiu de R$ 9,31 para R$ 9,61.

Exportações de carne suína

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as exportações brasileiras de carne suína acumulam um aumento de 9,6% em 2023, totalizando 1,013 milhão de toneladas de janeiro a outubro.

A receita também apresenta alta de 13,1%, atingindo US$ 2,361 bilhões nos primeiros 10 meses deste ano.

A China continua sendo o principal destino das exportações, com 336,5 mil toneladas. Outros destinos relevantes incluem Hong Kong, Filipinas, Chile, Singapura e Vietnã.

Com um desempenho tão expressivo nos primeiros 10 meses de 2023, as projeções do setor indicam embarques em torno de 1,2 milhão de toneladas em 2024.

Quanto aos estados exportadores, Santa Catarina lidera, tendo embarcado 542,7 mil toneladas entre janeiro e outubro, seguido por Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.