A Organização Avícola do Estado do Rio Grande do Sul, suas entidades membros, Asgav, Sipargs e associados emitira nota no qual expressam e reiteram profunda preocupação com a situação do mercado e abastecimento de grãos (milho e soja) no Estado do Rio Grande do Sul.
“Historicamente, o estado já é deficitário na produção de milho para atender as demandas dos setores de proteína animal e outros, situação que obriga estes potenciais consumidores buscarem o grão em outras unidades da federação e até mesmo em outros países. Não obstante, a pandemia trouxe entraves e gerou um distúrbio na economia e mercado de grãos e por consequência potencializou altas fora da normalidade no mercado de milho e soja, gerando impactos desastrosos nas mais variadas atividades produtivas”, disse a entidade em nota oficial.
O setor já havia passado por crises e supervalorização deste mercado. “O momento é crítico e necessita de uma atenção especial por parte dos governos Estadual e Federal e também dos próprios produtores em relação aos níveis de produção. Temos uma produção de grãos no Brasil que pode atender muito bem a demanda interna e externa, mas é preciso atenção. Recentemente, recebemos informações sobre a Ucrânia, que visando equilibrar a situação do suprimento interno do milho adotou algumas medidas para garantir abastecimento e evitar um salto nos preços internos, mas não precisou proibir totalmente as exportações de grão.”
As entidades destacaram ainda como países da Arábia Saudita e outros que buscam a autossuficiência na produção de aves e outras proteínas, tendo sustentação no milho importado. “Isso merece atenção e reflexão de nossos governantes. Abastece e fortalece um lado e desestrutura ou acaba com o outro.”