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Aves e Suínos

Avicultura enfrentou complicações no cenário interno e externo, diz Safras

A produção de carne de frango brasileira fechou 2018 com um volume de 13,252 milhões de toneladas, abaixo das 13,612 milhões de toneladas registradas no ano anterior


O ano de 2018 chegou ao fim, e pode ser visto com um dos mais complexos para o mercado brasileiro de frango nos últimos anos. De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, vários fatores contribuíram para trazer dificuldades ao setor ao longo do ano.

No cenário doméstico os destaques ficaram com a alta nos custos de produção, puxados pelo milho diante das perdas na produção de verão e da safrinha, e a greve dos caminhoneiros, que prejudicou o setor carnes como um todo. “O ponto positivo foi que a demanda interna por carne de frango conseguiu uma recuperação ao longo da segunda metade do ano, muito por conta das dificuldades econômicas enfrentadas pela população brasileira, que acabou optando pela proteína como a principal opção de consumo”, avalia.

No que diz respeito ao mercado internacional, Iglesias comenta que o quadro foi ainda mais complicado, diante do embargo imposto pela União Europeia à carne de frango brasileira por problemas de contaminação por salmonella, trazendo prejuízos significativos à BR. “A adoção de tarifas antidumping impostas à carne de frango brasileira pela China foi um outro fator negativo, prejudicando os embarques”, comenta.

O analista ressalta que outro fator de preocupação ao longo do ano, embora não tenha se traduzido em problemas para os embarques de carne de frango, foi a possibilidade de alteração da embaixada brasileira em Israel, a qual, se confirmada, poderá ocasionar embaraços nos trâmites das exportações de carne halal”, explica.

Projeções da consultoria apontaram que a produção de carne de frango brasileira fechou 2018 com um volume de 13,252 milhões de toneladas, abaixo das 13,612 milhões de toneladas registradas no ano anterior.

A exportação alcançou 3,984 milhões de toneladas, aquém das 4,234 milhões de toneladas embarcadas em 2017. Já a disponibilidade interna ficou em 9,268 milhões de toneladas, volume inferior frente às 9,378 milhões de toneladas ofertadas no ano passado. “A expectativa para 2019 é de que esses volumes possam ser superados, com a perspectiva de melhora tanto do cenário econômico  nacional quanto da demanda externa”, sinaliza Iglesias.

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