O Banco do Brasil renegociará dívidas de custeio e investimentos de produtores de aves e suínos, informou nesta sexta-feira, dia 6, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em nota. A medida atende a um pleito da entidade para minimizar os danos provocados pela greve dos caminhoneiros, ocorrida entre maio e junho, e por embargos internacionais à exportação de carnes.
Segundo a associação, o banco apresentou a proposta de renegociação na quinta-feira, 5, em reunião realizada em Brasília. Estiveram presentes o diretor executivo da ABPA, Ricardo Santin, o vice-presidente de Agronegócios do BB, Tarcísio Hübner, e o diretor de Agronegócios do BB, Marco Túlio Moraes da Costa.
A instituição disponibilizará “medidas simplificadas de prorrogação de dívidas rurais” com parcelas vencidas em 2017, ou com prazo de vencimento em 2018, nos casos de investimentos e custeios prorrogados em anos anteriores, com a reprogramação das parcelas para um ano após o fim do contrato. Especificamente no custeio, as condições incluem pagamento de 30% da dívida no ato e a quitação do saldo restante será em 2 parcelas, sendo a primeira delas em 2019.
Os suinocultores ainda terão a opção de acessar linhas de crédito, com prazo de até dois anos para pagamento, para retenção de matrizes. As taxas de juros serão de 6% ao ano para produtores enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e 7% ao ano para os demais.
“A compreensão da diretoria do Banco do Brasil à situação do setor vem em um momento fundamental, em que a cadeia produtiva busca se reestruturar após os embargos de exportação e fortes prejuízos causados aos avicultores e suinocultores pelos bloqueios nas estradas”, comenta Francisco Turra, presidente da ABPA.