Os prejuízos ainda são contabilizados nesta terça, dia 20, mas podem passar de R$ 200 mil. Apenas na granja do avicultor Ibrahim de Fátima Pereira, no município de Cesário Lange, 11 mil frangos em ponto de abate morreram sufocados, após uma interrupção de quase três horas no fornecimento de energia – prejuízo de quase R$ 100 mil.
Como os ventiladores e nebulizadores pararam de funcionar, a temperatura no interior dos aviários, que deve ser mantida em 25°C, chegou a 40°C. As aves, que seriam levadas para o abate na quinta, dia 22, tiveram de ser enterradas numa vala. Em outra granja do município, dois mil frangos morreram. De acordo com o administrador Carlos Alberto de Almeida, a queda na energia causou a queima de dois motores. Os sindicatos rurais de Cesário Lange, Conchas e Laranjal Paulista contabilizaram outras 12 mil aves mortas em dezenas de granjas do polo avícola da região, em consequência da queda de energia e da alta temperatura.
Em Urupês, na região de São José do Rio Preto, pelo menos 15 mil frangos que estavam à espera do abate morreram em razão da queda na potência de energia elétrica da granja. De acordo com a proprietária Fernanda Palhares, a oscilação desligou os motores do sistema de ventilação, mas não acionou automaticamente os geradores porque não houve interrupção total no fluxo de energia. Ela informou que está avaliando o prejuízo para pedir o ressarcimento.
Corte
A concessionária Elektro, que atende a região de Cesário Lange, informou que o corte de energia foi determinado pela ONS para evitar um apagão. Em razão do grande número de solicitações, sobretudo na zona rural, houve demora maior que a normal no restabelecimento. A Companhia Nacional de Energia Elétrica, que atende Urupês, informou que o município não foi atingido pelo corte determinado pela ONS e vai apurar o ocorrido na granja de Fernanda.