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CONTRA EMPRESAS EUROPEIAS

Carne suína: Brasil pode exportar mais com investigação antidumping da China

Mercados diversificados e custos controlados mantêm otimismo para o setor nacional de suínos

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Foto: Wenderson Araujo/Trilux/CNA

As exportações brasileiras de carne suína podem ser beneficiadas após a China iniciar uma investigação contra empresas europeias por suspeita de dumping. O dumping é uma prática desleal de venda de produtos no mercado por um preço abaixo do custo, o que inviabiliza a margem para a concorrência.

Segundo César de Castro, gerente de consultoria Agro do Itaú BBA, a motivação da China para a investigação é uma possível medida de retaliação contra as restrições impostas pela Europa à entrada de carros elétricos chineses.

Castro, no entanto, destaca que é incerto se essa investigação trará benefícios imediatos para o Brasil, pois pode demorar bastante tempo e as importações chinesas de carne suína têm diminuído nos últimos anos.

Até maio deste ano, o Brasil exportou 65 mil toneladas a menos de carne suína para a China em comparação com o mesmo período do ano passado, representando a maior queda entre os destinos de exportação do país. Apesar disso, o consultor mantém um otimismo moderado devido à diversificação dos mercados de exportação brasileiros, incluindo Filipinas, Japão, Coreia do Sul e Chile, que compensam a redução nas importações chinesas.

Castro também comentou a possibilidade de medidas antidumping chinesas elevarem o consumo de outras carnes brasileiras, como a bovina. No entanto, ele acredita que o impacto será indireto, pois a produção local de carne suína na China se recuperou nos últimos anos, reduzindo a necessidade de importações.

As expectativas para as exportações de carne suína brasileira no próximo semestre são positivas, segundo Castro. Ele cita a diversificação dos mercados de exportação e uma produção equilibrada, juntamente com custos de produção controlados, como fatores que sustentam as margens e mantêm o cenário favorável para o setor. Além disso, as perspectivas para os preços do milho e da soja no mercado global indicam que não haverá grandes aumentos de custo, a menos que ocorra um impacto climático significativo na safra americana ou na próxima safra da América do Sul.

Em resumo, enquanto a investigação chinesa contra a Europa pode eventualmente beneficiar as exportações brasileiras de carne suína, o setor continua a encontrar oportunidades e manter a competitividade através da diversificação de mercados e gestão eficiente dos custos de produção.

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