O governo chinês publicou nesta terça, dia 17, a habilitação de importação de produtos de sete novas plantas: três de gado, duas de aves e outras duas do setor de suínos do Brasil, segundo o Ministério da Agricultura (Mapa). A ministra Kátia Abreu esteve em reunião com o Ministério da Administração de Qualidade, Supervisão, Inspeção e Quarentena da China (AQSIQ).
Das sete plantas, uma aguardava a habilitação desde 2012 e as demais conseguiram a autorização após a inspeção realizada pelos chineses em junho deste ano. A expectativa é de que cada estabelecimento exporte entre US$ 18 milhões e US$ 20 milhões por ano.
O ministro da AQSIQ, Zhi Shueing, e a ministra Kátia Abreu se comprometeram a manter contato frequente com o objetivo de melhorar o fluxo de informações e ampliar o comércio bilateral. Os dois países firmaram ainda compromisso em agilizar a habilitação por amostragem de grupos de plantas e estabeleceram um cronograma de trabalho para a análise dos demais estabelecimentos que aguardam autorização para exportar.
As unidades de aves são da SSA São Salvador, em Goiás, e da GtFoods, no Paraná. As de suínos são da Aurora e da Sul Valle, ambas em Santa Catarina, disse a ABPA. Já havia 29 plantas frigoríficas exportadoras de carne de frango para a China e seis de carne suína.
“Estamos convictos de que, em breve, teremos o anúncio de outras habilitações”, disse em nota o presidente da ABPA, Francisco Turra, citando a atuação do Ministério da Agricultura do Brasil junto a órgãos chineses.
Segundo a associação, a China comprou 253,5 mil toneladas de carne de frango em 2015, alta de 34% ante 2014. De carne suína – produto do qual os chineses são grandes produtores, os embarques até outubro totalizaram três mil toneladas, alta de 278% ante mesmo período do ano passado.
Na segunda, dia 16, a ABPA informou que o governo do México habilitou 15 novas instalações frigoríficas brasileiras para a exportação de carne de frango.
Pescados e tripas
A ministra anunciou que o Brasil habilitará 18 estabelecimentos chineses de pescados e dois de tripas para exportar ao Brasil, com vistas a negociar abertura recíproca para as plantas frigoríficas brasileiras que aguardam autorização.
“Quero agradecer a confiança que o governo chinês deposita no Brasil”, afirmou a ministra ao chefe da AQSIQ. “Sabemos que geralmente as relações comerciais são de frieza e pragmatismo, mas acredito em laços de amizade e confiança para termos um relacionamento duradouro”, completou Kátia Abreu, destacando o trabalho permanente que o Mapa tem feito para garantir a sanidade dos animais e plantas brasileiras.
“Tem muito prazer em ouvir que o Brasil cuida do controle e da qualidade dos seus produtos. Concordo que o desenvolvimento do nosso comércio só ocorrerá com confiança mútua”, respondeu Zhi Shueing.