As chuvas que assolam o Rio Grande do Sul têm dificultado o acesso dos suinocultores a rações para alimentar os animais, de acordo com o presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador.
O problema é provocado pela destruição da infraestrutura de estradas, pontes e acesso às propriedades.
“A dificuldade em conseguir chegar com ração e outros insumos essenciais às propriedades é imensa”, ressaltou Folador.
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A situação é agravada pela localização das fábricas de ração, concentradas principalmente na região do Vale do Taquari, uma das áreas mais afetadas pelas chuvas e enchentes.
Com estradas e pontes destruídas e deslizamentos de terra, o acesso a essas fábricas e a saída delas tornou-se praticamente inviável, assim como o abastecimento de alimentos às propriedades produtoras de suínos.
“A região do Vale do Taquari está praticamente ilhada, com sua infraestrutura comprometida. Isso afeta diretamente a logística de fornecimento de alimentos e a retirada dos animais das propriedades, causando um acúmulo que afeta todo o fluxo de produção”, explicou o presidente da associação.
Além disso, a situação também interfere na cadeia produtiva, uma vez que muitos produtores dependem do transporte dos animais. Com as estradas bloqueadas, essa movimentação torna-se impossível, gerando um transtorno adicional para o setor. “É uma situação delicada. Os frigoríficos também estão sendo afetados pela dificuldade de acesso, o que agrava ainda mais o problema. O prejuízo será expressivo”, alertou Folador.
O presidente da Acsurs ressaltou que a infraestrutura das propriedades produtoras de suínos, em sua maioria, foi pouco afetada pelas chuvas. “Em termos dos pavilhões e das criações, poucas foram atingidas pelas águas da enchente. Foi algo pontual, com pouco prejuízo em infraestrutura ou aos animais. O grande problema está sendo a logística”, afirmou.
Diante desse cenário, Folador avaliou que esforços são necessários para restabelecer a infraestrutura logística mínima necessária para não paralisar completamente a suinocultura. “Este fim de semana vai ser complicado. Durante a semana que vem, esperamos conseguir restabelecer o mínimo para a chegada e a saída de alimento das granjas”, disse.