Contra influenza aviária, setor impede visitas a áreas de produção no Brasil

Para países sem focos da enfermidade, a visita era permitida apenas após uma quarentena de 72 horas

Agroindústrias brasileiras produtoras e exportadoras de carne de frango e produtores de ovos estão suspendendo visitas de clientes e fornecedores às áreas de produção para evitar o contato com aves vivas, informou nesta segunda-feira, dia 9, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A proibição de visitas já era aplicada a estrangeiros provenientes de países com focos ativos de Influenza Aviária. Para países sem focos da enfermidade, a visita era permitida apenas após uma quarentena de 72 horas, realizada no Brasil.

A medida acontece após a detecção de focos de Influenza Aviária em 33 países nos últimos três meses – entre eles, o Chile, que informou a ocorrência na semana passada. A suspensão das visitas valerá por 30 dias a partir desta terça-feira, dia 10, e se estenderá a todos os elos da produção. De acordo com o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, a decisão é complementar a uma série de medidas de biosseguridade estabelecidas pelo Grupo Estratégico de Prevenção de Influenza Aviária (GEPIA), vinculado ao Conselho Diretivo da entidade.  

“Estamos fortalecendo nosso protocolo de biosseguridade, tornando ainda mais restritiva a circulação de pessoal e produtos dentro do processo produtivo, com total controle, inclusive, das equipes das empresas”, afirmou Turra, em nota. Ele ressaltou, ainda, que o Brasil é o único grande produtor e exportador mundial que nunca registrou foco da enfermidade. Outras medidas estão sendo articuladas junto ao Ministério da Agricultura e às agências de defesa das secretarias de agricultura estaduais.

Na semana passada, o governo do Chile confirmou a incidência de influenza aviária em perus na área rural em Quilpué, na região de Valparaíso. As aves pertenciam a unidades da empresa Agrosuper, que confirmou a contaminação. A SAG determinou o abate das aves e o isolamento da área afetada, a fim de evitar a propagação da doença nos estabelecimentos e manter o status sanitário do país. A situação foi relatada à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).