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Criação de galinhas caipiras é alternativa de renda para agricultura familiar

A atividade pode ser mais vantajosa do que a pecuária em vários aspectos, inclusive o espaço do aviário

Fonte: Pixabay

Considerado um prato típico, saudável e bastante procurado no interior alagoano, a galinha caipira – ou capoeira – vem sendo uma alternativa rentável para os agricultores familiares no Sertão de Alagoas. A iniciativa tem recebido o incentivo do governo do estado.   

Um dos exemplos, é o Sítio Rancho das Lajes, em Santana do Ipanema, a criação das aves vem dando lucro aos pequenos produtores rurais.

José Pedro, agricultor familiar, é um dos produtores que receberam do Governo de Alagoas, por meio da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri), um lote com 60 pintinhos e não parou mais sua criação com galinhas caipiras. Ele apostou na atividade há mais de quatro anos e vem colhendo uma renda satisfatória, utilizando pouco espaço de sua pequena propriedade.

De presidente de uma associação, atualmente ele preside uma cooperativa em Santana do Ipanema com as famílias que foram beneficiadas com o Programa de Incentivo à Avicultura da Seagri. “Piteu”, como é mais conhecido José Pedro, explica que foi graças essa parceria entre a Seagri  e a Prefeitura de Santana do Ipanema que a atividade vem dando certo na região.

“Desde o primeiro lote que conseguimos vender à prefeitura, o lucro é líquido e certo, acima de qualquer outra atividade no campo que a gente faz”, assegura Pitéu.

O agricultor explica que a atividade com galinhas caipiras é muito mais vantajosa do que a pecuária em vários aspectos, inclusive o espaço do aviário que é de 9 metros quadrados, o que facilita o manejo, a alimentação e a limpeza do local. “Além de sobreviver num ambiente limpo, também soltamos as galinhas em nosso terreno”.

De acordo com Pitéu, além de rentável, a criação de galinha caipira oferece aos compradores uma carne e ovos saudáveis, de qualidade e grande teor de proteína.

“É bom para o consumidor, que vale a pena pelo sabor diferenciado e a qualidade do alimento que estão levando para casa, e, ao mesmo tempo, bom para nós produtores que aumentamos nossa renda familiar”.

Como explica Elielton Amaral, superintendente de Inclusão Produtiva da Seagri, a atividade de criação de galinhas caipira ela é voltada para duas finalidades: consumo próprio e a comercialização.

Segundo Elielton, o Proaves do Governo de Alagoas tem como propósito incentivar e alavancar a atividade avícola nos municípios alagoanos. “Projeto nesse sentido está em análise do Fecoep, que visa à compra de aves e ração para distribuição com as famílias cadastradas”.

Pelo projeto, o Governo de Alagoas vai investir recursos no Proaves, e a cada família cadastrada serão entregues 60 pintinhos, sendo 30 para corte e 30 para postura. “Além de oferecer alimento às famílias, o excedente será comercializado e gerar renda aos pequenos agricultores”, afirma Elielton.

Em Alagoas, dois municípios, Santana do Ipanema e São José da Tapera, se destacam na atividade avícola com galinhas caipiras, e a proposta da Seagri é incentivar e fortalecer a atividade em outras cidades do interior do estado.

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