Nesta quarta-feira (15), o Ministério da Agricultura de Argentina confirmou a detecção do vírus da gripe aviária em aves silvestres, na espécie de ganso andino, na província de Jujuy.
De acordo com informações do jornal Clarín, o governo do país declarou estado de emergência sanitária.
“A confirmação da entrada do vírus na Argentina nos coloca em alerta, mas não nos surpreende. Já temos trabalhado com diferentes organizações de prevenção e cobertura territorial para tentar impedir a sua entrada, mas todos sabemos que a forma mais comum de entrada é através de aves migratórias, por isso é difícil de controlar”, disse o secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina, Juan José Bahillo.
Autoridades da Argentina recomendaram reforçar as medidas sanitárias nas granjas avícolas para evitar a contaminação.
O vírus da gripe aviária não é transmitido às pessoas pelo consumo de carne de frango ou ovos, portanto não há perigo na ingestão de alimentos.
A transmissão do vírus para as pessoas ocorre através do contato direto com animais infectados (vivos ou mortos) ou seus ambientes contaminados.
A detecção de casos no norte da Argentina e no Uruguai levou as autoridades do país vizinho a decretar emergência sanitária em todo o seu território.
Gripe aviária no Uruguai e outros países
Nesta quarta-feira (15), o Uruguai também decretou emergência sanitária por causa da gripe aviária.
De acordo com autoridades agrícolas do país, foram detectados cinco casos em cisnes negros, que foram encontrados mortos em Laguna Garzón, no sudeste do país.
As aves foram encontradas mortas por um guarda florestal do Sistema Nacional de Áreas Protegidas.
Foi determinada uma área de cinco quilômetros ao redor de onde os casos foram registrados para ser feita uma varredura pelo Ministério da Pecuária e o Ministério do Meio Ambiente uruguaio.
“Isso já era esperado após os casos de gripe aviária na América do Norte”, declarou à imprensa uruguaia o ministro da Pecuária e Agricultura, Fernando Mattos.
O ministério uruguaio determinou cuidados extremos de biossegurança nas fazendas. Entre as medidas recomendadas estão a restrição à entrada de pessoas e veículos nos estabelecimentos; limpeza e desinfeção rigorosa dos materiais de trabalho, além das instalações e veículos. Também recomendou a instalação de telas anti-pássaros nas laterais e portões dos galpões.
Além de Uruguai e Argentina, que verificaram casos em aves silvestres que aparecem mortas em parques nacionais nos últimos dias, há registros da doença no Peru, Colômbia, Chile, Venezuela, Equador e Bolívia.
No Brasil, maior exportador de aves do mundo, por enquanto, não há casos registrados da doença.