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Exportação de frango aumenta, mas receita recua no 1º semestre

Associação Brasileira de Proteína Animal calcula que setor deve encerrar 2016 com um total de 4,6 milhões de toneladas embarcadas, crescimento de 8% em relação a 2015

Fonte: ANPr/Sindiavipar

Conforme os números da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as exportações de carne de frango totalizaram 2,26 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2016, desempenho 13,86% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, com 1,99 milhão de toneladas.

A receita em dólar recuou 1%, para US$ 3,343 bilhões, em comparação com US$ 3,420 bilhões, na mesma base de comparação. 

Apenas em junho foram embarcadas 411,9 mil toneladas de carne de frango, alta de 41% ante 395,7 mil toneladas em junho de 2015. Em junho, a receita teve queda de 3,5% para US$ 661,7 milhões, na comparação com junho de 2015.

2016

As exportações brasileiras de carne de frango – considerando todos os produtos, entre frangos inteiros, cortes, salgados, processados e embutidos, devem encerrar 2016 com um total de 4,6 milhões de toneladas embarcadas, estima a ABPA, o que significa um crescimento de 8% na comparação com o volume exportado em 2015 (4,304 milhões de toneladas). Os embarques devem ser impulsionados principalmente com as vendas para China, além de Oriente Médio, Japão e Coreia do Sul. 

O presidente do setor de Aves da ABPA, Ricardo Santin, disse nesta terça, dia 12, que o crescimento da demanda será por aumento de renda dos chineses. “Tínhamos previsto um aumento na casa de 5%, mas agora estamos revendo isto”, afirmou. Ele disse, ainda, que o ideal seria um dólar a R$ 3,50, mas que no nível atual ainda mantém a competitividade do produto brasileiro. 

Produção

A produção deve atingir 13 milhões de toneladas ao fim do ano, uma queda em relação à 2015, para 13 milhões de toneladas, estima a ABPA. A nova projeção é 3,7% menor do que a prevista em dezembro pela associação (13,5 milhões de toneladas). 

O presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, destacou que, apesar do avanço dos embarques, o setor passa por uma crise de incremento de custos com a alta do dólar no início do ano e o avanço do preço do milho

“O mercado interno desacelerou e o consumo de carne bovina e de aves e suínos também. Se não tivéssemos exportado  270 mil toneladas a mais, teria sido muito complicado, seria um desastre para as empresas que teriam de leiloar carne”, disse Turra. Ele afirmou que durante o primeiro semestre deste ano, o preço médio da saca de 60 quilos de milho, principal insumo usado na ração das aves, teve um preço médio de R$ 38 e que houve picos de R$ 65/saca.

Ele acrescentou, ainda, que os custos tiveram 30% de aumento, o milho teve uma alta de 81% em dólar, enquanto o preço do frango recuou 8%, o que fez empresas baixarem as portas. Ele citou a Minuano e a unidade da BRF em Jataí (GO). Turra disse que o setor tem feito “ginástica” para não demitir e que algumas companhias chegaram a ceder férias de cinco meses para funcionários. “Não há no setor quem não diga que vai produzir menos este ano”, afirmou. “Estão reduzindo a produção para se precaver da dificuldade de ter estoques de milho e farelo de soja”, acrescentou. 

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