O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que todos os países importadores de produtos avícolas do Brasil foram comunicados sobre a detecção de um caso da doença de Newcastle em aviário comercial no Rio Grande do Sul.
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“Já informados todos mercados; aqueles com restrições mais severas são União Europeia e China, que estão sendo comunicados. Tínhamos restrição do Japão, mas repactuamos o protocolo, assim como estamos repactuando com a China”, disse Fávaro a jornalistas após reunião do gabinete itinerante do Ministério no Rio Grande do Sul.
“Com essa comunicação rápida, a região afetada terá desembargo rápido para que isso não cause mais problemas à economia do Rio Grande do Sul”, acrescentou o ministro. Geralmente casos de notificação de doenças animais geram restrições temporárias aos países exportadores.
A doença de Newcastle é uma doença viral que afeta aves domésticas e silvestres e causa sinais respiratórios seguidos por manifestações nervosas. O Ministério da Agricultura confirmou ontem a detecção do foco de DNC em um estabelecimento industrial de 14 mil animais em Anta Gorda, no Rio Grande do Sul. Segundo o ministério, o estabelecimento avícola foi “imediatamente interditado” e as aves estão sendo monitoradas. Os últimos casos no país haviam sido registrados em 2006 em aves de subsistência em Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.
O ministro afirmou que a pasta não tinha dimensão do impacto que a DNC geraria em aspectos comerciais, mas como o caso se apresenta de forma isolada os reflexos tendem a ser minimizados. “Isolamos a área em um raio de 10 km e estamos monitorando a situação, mas nos parece um caso isolado. Houve uma chuva de granizo, caiu o telhado do aviário, 7 mil animais morreram e em um foi detectado a Newcastle. Os outros animais não estão apresentando sintoma da doença”, disse o ministro.
Segundo Fávaro, se algum novo caso for detectado, os demais animais, até então monitorados, serão sacrificados. “As características apontam que o animal se contaminou por fezes de aves silvestres que estavam no telhado dessa granja. Se houver propagação da doença no aviário, iremos fazer o extermínio em um raio de 3 km”, antecipou.
O ministro voltou a reiterar que a DNC não é uma zoonose transmissível, não havendo risco de contaminação das pessoas.