A retirada da vacinação contra a febre aftosa em suínos pode abrir as portas do setor para o mercado internacional, permitindo o atendimento das demandas globais. Essa é a avaliação da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro).
De acordo com o órgão, a suinocultura no estado vive um momento promissor de expansão. Contudo, atualmente, a produção de lá é destinada apenas ao mercado interno.
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Para o diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold, as mudanças na suinocultura estadual estão apenas começando. “Eu vejo como um grande momento da suinocultura. Em Brasília, já está em discussão o pleito de livre de aftosa, sem vacinação. Será julgado em maio de 2025 e tenho certeza de uma coisa: no momento que for anunciado, nossa suinocultura passará a vender para o mundo inteiro. O setor terá um crescimento extremamente expressivo a partir do ano que vem”, afirmou.
Em 2023, Mato Grosso do Sul abateu 3,22 milhões de suínos, posicionando-se entre os cinco maiores abatedores do país, atrás de Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Santa Catarina. O estado possui aproximadamente 101,8 mil matrizes suínas, com previsão de aumento para 152 mil nos próximos três anos.
Retirada da vacina
Para a diretora da Associação Sul-Mato-Grossense de Suinocultores (Asumas), Eleiza Morais, as iniciativas voltadas para a sanidade animal, como a retirada da vacina, posicionam Mato Grosso do Sul como referência sanitária e atrai novos investidores.
“A retirada da vacina foi uma porta infinita para o Mato Grosso do Sul. Desde quando o estado começou a trabalhar nisso, vimos um movimento muito grande de todos os estados e várias empresas querendo vir para cá”, disse.
Para ela, é possível até dobrar o número de matrizes, pois o cenário é muito promissor. “Essa questão da aftosa foi fundamental para atrair mais investidores e negócios para o estado. É a peça principal para o desenvolvimento da nossa suinocultura”.