O Brasil continuará sob investigação por prática de dumping nas importações de frango por mais seis meses, anunciou o Ministério de Comércio da China. Após publicação no site do governo chinês, a informação foi confirmada pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) na sexta, dia 17.
De agosto de 2017 para cá, quando o processo começou, foram impostas tarifas de 18,8% a 38,4% sobre a carne de frango brasileira. Com a prorrogação, justificada pela “complexidade do caso”, os trabalhos devem seguir até o dia 18 de fevereiro de 2019.
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, tinha a expectativa de reverter as tarifas chinesas durante a 10ª Cúpula do Brics, encontro que reuniu governantes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, no fim de junho, em Johannesburgo, mas não obteve sucesso.
No setor de proteína animal, as taxas são consideradas medidas protecionistas que devem ser combatidas. O vice-presidente de mercados da ABPA, Ricardo Santin, já chegou a declarar que, após a imposição das tarifas ao Brasil, a indústria chinesa do setor cresceu 12% internamente.