
Impulsionados pela participação na Expo Carnes y Lácteos 2025, a maior feira de alimentos do México, exportadores brasileiros de carne de frango e suína projetam cerca de US$ 115 milhões em negócios nos próximos 12 meses, informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) em nota. A ABPA em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) organizaram a ação.
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Levantamento da ABPA junto às empresas participantes aponta que mais de US$ 20 milhões em exportações foram fechados durante os três dias de evento, envolvendo compradores do México, Estados Unidos, Canadá, Colômbia, Bahamas, Chile, El Salvador, República Dominicana, Cuba e outros países caribenhos. Além disso, foram estabelecidos mais de 450 contatos com potenciais importadores.
“A ação no México foi positiva, em um momento em que vemos uma nova configuração surgir no comércio internacional, que deve fortalecer a presença do Brasil como grande parceiro da segurança alimentar global”, disse, na nota, o presidente da ABPA, Ricardo Santin. .
A ação acontece pouco mais de dois meses após a renovação do “Pacote contra a Inflação e a Fome” medida do governo mexicano que permite a importação de produtos estratégicos, como carnes de frango e suína, sem tarifas e sem cotas limitadoras. Esse fator tem impulsionado as exportações brasileiras para o México.
Exportações de frango e suínos
Nos dois primeiros meses de 2025, as vendas de carne, sobretudo de frango ao país cresceram 349,2% em relação ao igual período do ano passado, saltando de 7 mil para 31,6 mil toneladas. A carne suína também registrou alta expressiva, passando de 25 toneladas para 4,2 mil toneladas no igual intervalo.
O primeiro bimestre foi histórico para as exportações brasileiras do complexo carne em volume e em receita cambial, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento indústria Comércio e Serviços (MDIC).
As exportações de carnes suínas saltaram de 168 mil toneladas para 189 mil toneladas no primeiro bimestre de 2025 em comparação com o mesmo período do ano passado. Incremento de 12,5%. Nesse tipo de proteína, a receita saltou de US$ 370 milhões para US$ 460 milhões.
As carnes de aves, principalmente de frango, tiveram um desempenho superior: de 744 mil toneladas para 852 mil toneladas, aumento de 14,5%, com faturamento que foi de US$ 1,25 bilhão para US$ 1,53 bilhão.