O Rio Grande do Sul, que teve um foco da doença de Newcastle (DNC) em um estabelecimento de avicultura comercial confirmado nesta quarta-feira (17), é o terceiro maior exportador de carne de frango do país. De janeiro a junho, foram 354.207 toneladas embarcadas pelo estado, com receita de US$ 630,1 milhões, de acordo com os dados do Agrostat, sistema de estatísticas de comércio exterior do agronegócio brasileiro.
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O desempenho deixa o Rio Grande do Sul atrás apenas de Paraná e Santa Catarina na lista de estados maiores exportadores de carne de frango no Brasil no primeiro semestre de 2024. A receita obtida com os embarques gaúchos representa 13,82% dos US$ 4,559 bilhões auferidos pelo país. Já o volume embarcado corresponde a 14,1% das 2,528 milhões de toneladas exportadas pelo Brasil no período.
No primeiro semestre deste ano, os Emirados Árabes Unidos foram o principal destino da carne de frango do Rio Grande do Sul, com 48.256 toneladas, seguido por Arábia Saudita, com 39.515 toneladas; China, com 32.544 toneladas; e Japão, com 20.793 toneladas.
Após a confirmação de um foco da doença de Newcastle em um estabelecimento comercial de avicultura de corte no Rio Grande do Sul, as exportações de frango do Brasil devem sofrer embargos temporários e parciais, segundo fontes que acompanham o tema.
Países que adotam suspensões temporárias em caso de gripe aviária tendem a embargar também as exportações de frango de áreas em que é constatada a DNC, como o Rio Grande do Sul, até mais esclarecimentos sobre o foco da doença. Entre esses países, fontes consideram que o Japão pode impor restrições. Autoridades sanitárias do país já foram procuradas pelo governo brasileiro para prestar esclarecimentos. Não estão descartadas também eventuais restrições por parte da China.