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Frango: oferta interna elevada volta a pressionar mercado

Segundo analista, com a oferta acima da capacidade, a recuperação dos preços acaba prejudicada em boa parte do Brasil

Fonte: Cidasc/divulgação

O mercado brasileiro de frango voltou a se deparar com preços em baixa no decorrer da semana para os cortes congelados e resfriados. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, a oferta interna segue elevada, acima da capacidade de demanda, o que acaba impedindo uma recuperação dos preços.

Iglesias ressalta que os elevados custos de produção continuam impactando a lucratividade dos produtores, somado às dificuldades enfrentadas pelo setor para fazer um repasse às cotações do quilo vivo.

Ao longo da semana, no atacado de São Paulo, os preços tiveram algumas quedas para os cortes congelados. O quilo do peito no atacado seguiu cotado em R$ 3,35, o quilo da coxa recuou de R$ 3,10 para R$ 2,85 e o quilo da asa declinou de R$ 5,20 para R$ 5,15. Na distribuição, o quilo do peito seguiu em R$ 3,45, o quilo da coxa retrocedeu de R$ 3,20 para R$ 2,95 e o quilo da asa retrocedeu de R$ 5,40 para R$ 5,30.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de preços mais baixos em relação à semana passada. No atacado, o preço do quilo do peito seguiu em R$ 3,40, o quilo da coxa baixou de R$ 3,30 para R$ 3,20 e o quilo da asa retrocedeu de R$ 5,30 para R$ 5,25. Na distribuição, o preço do quilo peito permaneceu em R$ 3,50, o quilo da coxa baixou de R$ 3,30 para R$ 3,20 e o quilo da asa de R$ 5,50 para R$ 5,40.

Nas exportações, o resultado obtido pelo setor no primeiro trimestre ficou abaixo do esperado, reflexo da queda de embarques para a União Europeia por conta da suspensão adotada pelo Brasil a empresas do setor.

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as vendas de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados), do Brasil totalizaram 1,017 milhão de toneladas, 5,6% a menos que as 1,078 milhão de toneladas registradas no primeiro trimestre do ano passado. Em receita, as vendas do ano alcançaram US$ 1,605 bilhão, número 11,9% inferior na comparação com os US$ 1,822 bilhão dos três primeiros meses do ano passado.

Considerando apenas o mês de março, o setor exportou 376,6 mil toneladas, desempenho 2,2% menor que as 385,1 mil toneladas registradas no mesmo período de 2017.  A receita dos embarques alcançou US$ 589,9 milhões, número 10% menor que as US$ 655 milhões do terceiro mês do ano passado.

O levantamento semanal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil indicou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 2,10. Em São Paulo o quilo vivo permaneceu em R$ 2,20.

Na integração catarinense, a cotação do frango continuou em R$ 2,05. No oeste do Paraná o preço seguiu em R$ 2,00 na integração. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo permaneceu em R$ 2,15.

Em Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango se manteve em R$ 2,10. Em Goiás o quilo vivo também continuou em R$ 2,10. No Distrito Federal o quilo vivo permaneceu em R$ 2,15.

Em Pernambuco, o quilo vivo seguiu cotado em R$ 3,10. No Ceará a cotação do quilo vivo permaneceu em R$ 3,10 e, no Pará, o quilo vivo continuou em R$ 3,15.

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