REUNIÃO

Brasil vai revisar protocolo de importação de tilápia do Vietnã, diz governo

Segundo o Ministério da Pesca e Aquicultura, a produção em 2023 foi de cerca de 520 mil toneladas da tilápia

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, se reuniram nesta terça-feira (30) com representantes do setor de pescados para discutir a importação de filé de tilápia congelado do Vietnã.

A cadeia da produção de peixes cultivados alega riscos sanitários do vírus TiLV e econômicos aliados a prática de dumping – quando o produto estrangeiro entra no Brasil mais barato do que a produção interna.

Na reunião, Fávaro anunciou que a equipe técnica da defesa agropecuária do Ministério da Agricultura vai revisar o protocolo de importação de tilápia do Vietnã para poder reavaliar a autorização, além de também reforçar os controles de importação.

Fávaro lembrou que uma boa relação comercial é aquela que envolve compra e venda. Ele disse é necessário buscar um equilíbrio para que o comércio bilateral não seja prejudicado.

“Eu e Fávaro temos um compromisso de defender de forma intransigente os interesses dos produtores brasileiros”, afirmou André de Paula. “Então tudo que possa atingir os nossos produtores será encarado como muita seriedade e prioridade dentro no governo visando preservar e fortalecer o setor”, destacou.

Segundo o Ministério da Pesca e Aquicultura, a produção em 2023 foi de cerca de 520 mil toneladas da tilápia, representando 65% do peixe de cultivo no país.

Importação de tilápia

No início do ano, a Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR) questionou o governo sobre um lote de 25 toneladas de filé de tilápia importada do Vietnã, desembarcado em dezembro de 2023.

Na ocasião, o Ministério da Pesca afirmou que existe um acordo, formalizado em 2014, que permite a importação de peixes do Vietnã, em volume correspondente até 10% da produção nacional.

Na mesma oportunidade, esclareceu que “empresas privadas habilitadas para a comercialização realizam a importação de qualquer tipo de pescado, e o governo não está envolvido nesse processo”.