A rentabilidade para quem lida com a piscicultura em Mato Grosso deverá ser mais achatada em 2022 no comparativo ao saldo positivo verificado no ano passado. Isso porque o custo de produção no primeiro semestre subiu mais de 50% atrelado, principalmente, as despesas com a ração.
Pesquisador de sistemas integrados e outras culturas do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Miquéia Michetti afirma que é observado que o custo de produção na piscicultura estadual ainda não atingiu o seu ponto de equilíbrio.
“O produtor ainda está tendo rentabilidade, porém mais achatadas se comparado a 2021”, salienta Michetti.
2021: ano rentabilidade recorde para a piscicultura de Mato Grosso
Em 2021, de acordo com Projeto Rentabilidade no Meio Rural em Mato Grosso, desenvolvido pelo Imea, divulgado recentemente, o custo de produção apresentou alta acima de 20%. Entretanto, os impactos foram minimizados diante a valorização de 61% no preço dos bagres de couro e de 84% nos peixes redondos. Resultado, por sinal, considerado recorde.
“A demanda mundial aquecida por proteína animal fez com que o preço do pescado também fosse atrelado a esse maior aumento de preço das proteínas animais”, explica o especialista do Imea.