A presença de piranhas vermelhas no Rio Jacuí colocou o governo do Rio Grande do Sul em alerta. Também chamados de palometas, são peixes carnívoros que colocam em risco banhistas e outros peixes.
O assunto foi pauta de uma reunião virtual entre os secretários estaduais de Desenvolvimento Econômico, Edson Brum, e Meio Ambiente, Luiz Vianna, nesta sexta-feira, 23.
“Os prefeitos têm nos procurado preocupados com a situação que pode ter impactos drásticos na economia, no turismo e no próprio equilíbrio ambiental de espécies nativas do rio. Municípios como Rio Pardo, Vale Verde, General Câmara e Cachoeira do Sul já estão em monitoramento constante dos casos que são relatados, a maioria por pescadores”, diz Brum.
Segundo o governo do estado, não nativas da região, a suspeita é que as piranhas possam ter chegado até o Rio Jacuí por meio de canais de irrigação e outros afluentes. Pescadores já encontraram espécies de palometas de até quase um quilo.
“Já entramos em contato com o Ibama para acharmos uma solução, precisamos da anuência deles para traçarmos a melhor estratégia. Já estamos analisando as sugestões de um abate em massa controlada ou a proibição da pesca do dourado, predador natural da palometa, como um fomento ao aumento dos cardumes deste peixe no rio, o que também deverá ser feito com cuidado para também não causar outro desequilíbrio ambiental”, relata Vianna.
A Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa está organizando para os próximos dias uma audiência pública para debater o tema.