Pelo comunicado encaminhado o IPC, por consenso de seus membros, pede que seja reforçado o respeito às regras definidas pela organização por meio do “OIE Terrestrial Animal Health Code”, que trata da regionalização das produções.
Com isto, países exportadores que adotem o Programa de Compartimentação da Avicultura teriam mantidos os embarques de carne de frangos e genética avícola, mesmo diante da ocorrência de focos de influenza aviária em áreas distantes dos polos compartimentados.
De acordo com o vice-presidente do IPC, Ricardo Santin, que também é vice-presidente de aves da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o conselho mundial do setor avícola enxerga como prioritária a adoção de novos paradigmas para o enfrentamento da crise internacional de Influenza Aviária. Conforme a OIE, desde 2014, 35 países já registraram ocorrências.
– Isto será fundamental em cenários de crise para os grandes exportadores, garantindo, também, manutenção da oferta de carne avícola para os importadores – explica.
O projeto piloto de compartimentação foi desenvolvido no Brasil. O país também foi o primeiro do mundo a contar com uma legislação sobre compartimentos reconhecida pela OIE.
O que é compartimentação?
A compartimentação traz uma nova perspectiva sobre a gestão sanitária da produção. Dividindo cada núcleo de produção em compartimentos, o modelo estabelece um rastreamento sanitário pleno da produção, permitindo gestões mais rápidas e efetivas em caso de crises sanitárias. Com isto, reduzem-se os impactos econômicos gerados e se proporcionam ainda mais segurança sanitária e credibilidade à cadeia produtiva.