Apesar de ser típica a valorização em fevereiro, em decorrência principalmente da volta às aulas e início da Quaresma, a alta de 2015 está bastante acima da registrada no mesmo período em 2014, informam os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).
Em Bastos (SP), principal região produtora do país, o ovo tipo extra, vermelho, a retirar, chegou a subir 30% na parcial deste mês (até sexta-feira, o dia 20). Nas vendas que incluem a entrega do produto, a valorização do ovo vermelho, extra, alcançou cerca de 40% na Grande São Paulo e Belo Horizonte.
Segundo pesquisadores do Cepea, a menor oferta de ovos é resultado do forte calor de janeiro, que prejudicou o volume produzido e a qualidade da casca e tamanho dos ovos. Ao mesmo tempo, o clima quente acarretou a morte das galinhas mais velhas.
Os pesquisadores ponderam, no entanto, que as temperaturas mais amenas das últimas semanas vêm favorecendo, ainda que aos poucos, a retomada da produção de ovos. O tamanho do produto também começa a voltar ao normal. A oferta agregada, porém, ainda está abaixo da demanda, chegando a faltar ovos em algumas regiões pesquisadas pelo Cepea.
Nas regiões onde os preços incluem o frete, os reajustes foram os mais expressivos entre 30 de janeiro e 20 de fevereiro. Para ovo do tipo extra, vermelho, o aumento já alcança 37% para o produto entregue na Grande São Paulo e também na Grande Belo Horizonte, com a caixa a R$ 96,63 e R$ 97,82, respectivamente, na sexta-feira (20). No Rio de Janeiro, onde os negócios tiveram média de R$ 98,26/caixa no dia 20, o reajuste acumulado está em 36%.
O preço médio do tipo extra, branco, colocado na Grande São Paulo, subiu 28% no mesmo período, com a caixa indo para R$ 77,77. O mesmo produto posto na Grande Belo Horizonte teve aumento de 30% na parcial do mês, a R$ 79,40/caixa na sexta-feira. No Rio de Janeiro, a cotação média teve elevação de 29%, a R$ 79,33/caixa.