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Setores público e privado se unem contra a influenza no RS

Entre as ações adotadas, estão aquisição de equipamentos e insumos e instalação de mais rodolúvios em postos de fronteira

Fonte: Divulgação/Embrapa

O Rio Grande do Sul tem reforçado ações para evitar a entrada da influenza aviária no estado. Em reunião na última semana, representantes da Secretária de Agricultura e Irrigação (Seapi), Ministério da Agricultura (Mapa), Fundesa (Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal) e Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) adotaram um pacote de medidas para aumentar a vigilância preventiva e minimizar prejuízos no caso da entrada da doença no país, já que houve a confirmação de casos no Chile no começo deste mês.

O objetivo é reforçar a segurança na região de fronteira. Entre os encaminhamentos do encontro, ficou definido que o Fundesa irá avaliar com celeridade as demandas que envolvam a aquisição de equipamentos e insumos para prevenção e controle da doença. “A atuação rápida para o controle de uma enfermidade como esta faz toda a diferença para minimizar prejuízos e preservar a saúde”, afirma o presidente do Fundesa, Rogério Kerber.

Um dos instrumentos que deverá ser adquirido através do repasse de recursos é um macacão especial, semelhante aos utilizados pelos astronautas, com alto nível de biossegurança, que impede o vírus de atingir técnicos que irão atuar em caso de detecção da doença. “São equipamentos fundamentais para garantir a segurança de quem estiver trabalhando em eventuais focos”, explica o coordenador do Programa Nacional de Sanidade Avícola no RS, Flávio Loureiro.

Outras medidas, como a instalação de rodolúvios e pedilúvios nos postos de fronteira já estão sendo implementadas. A Seapi vai realizar também a vigilância nas propriedades no entorno dos sítios de reprodução de aves migratórias. Nesta semana uma reunião na Casa Civil começou a articular ações de outros órgãos de Estado para atuação.

“Temos que ter definições sobre temas como a liberação de verbas emergenciais e atividades da polícia. Isso já ocorre em casos de enchentes e outros desastres naturais e precisamos ter um plano de contingência já preparado”, explica o chefe da Divisão de Defesa Agropecuária da Seapi, Marcelo Göcks. Uma reunião de mobilização preventiva está agendada para o dia 26 deste mês. O diretor executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos, afirma que o encontro terá o objetivo de conscientizar todos os atores do segmento avícola sobre a gravidade da doença e a importância da prevenção.

Sobre a doença

A influenza aviária é um dos maiores temores de entidades ligadas à saúde pública e agricultura, uma vez que tem potencial para se tornar uma pandemia. A doença, altamente contagiosa, provoca mortalidade em aves e também pode ser transmitida para seres humanos. Nos Estados Unidos, um surto da doença provocou prejuízos de mais de US$ 2,5 bilhões em 2016 no setor avícola.

Já no continente asiático as perdas superaram US$ 6 bilhões. O Rio Grande do Sul tem grandes preocupações sobre o tema já que é terceiro maior produtor de carne de frango do país. Só em 2016, o setor produziu mais de 1,8 milhão de toneladas de carne de frango e 3 bilhões de unidades de ovos.

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