Os preços do frango vivo subiram em setembro, influenciados pela menor oferta de animais nas granjas. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), esse cenário está atrelado à redução no alojamento, devido aos altos custos com ração e aos reflexos da greve dos caminhoneiros no final de maio.
A recuperação nos valores do animal vivo neste mês, por sua vez, tem favorecido o poder de compra de produtores frente aos principais insumos da atividade, como o milho e o farelo de soja.
Entre as regiões paulistas acompanhadas, a da grande São Paulo registrou a maior valorização do animal vivo, de 5% no comparativo com agosto e de expressivos 27% em relação a setembro de 2017, com média de R$ 3,11 o quilo na parcial deste mês.
Custos com alimentação
O valor do farelo de soja também subiu em setembro, mas em menor intensidade que os do frango vivo. Na parcial do mês, a tonelada do derivado registra média de R$ 1.374,05 na região de Campinas (SP), alta de 2,5% em relação à de agosto.
Já os preços do milho vêm recuando, pressionados pelo maior interesse de venda e pela menor demanda. Em Campinas, a saca do cereal registra média de R$ 40,35 em setembro, queda de 2% frente à de agosto.
Diante deste cenário, o avicultor de corte da grande São Paulo consegue comprar 4,7 quilos de milho ou 2,26 quilos de farelo de soja com a venda de um quilo de frango vivo neste mês, 7% e 2,4% a mais, respectivamente, que o adquirido em agosto com a mesma venda.
Quais desafios o mercado de frango e aves brasileiro precisa superar?