Foi realizada nos dias 7 e 8 de fevereiro, em Brasília, uma capacitação para aprimorar a atuação dos profissionais de saúde animal na vigilância para febre aftosa no Distrito Federal. A capacitação foi promovida de forma conjunta pela Secretaria da Agricultura do Distrito Federal (Seagri-DF) e Emater-DF, voltada a 29 extensionistas rurais da empresa. O curso faz parte das estratégias do Plano Estratégico (PNEFA) para retirada da vacinação contra febre aftosa no DF.
O Plano prevê que a partir de 2023 o rebanho do DF não seja mais vacinado contra febre aftosa. Para manter o Distrito Federal livre da doença, a subsecretária de Defesa Agropecuária da Seagri-DF, Danielle Araújo, destaca que todos os atores das cadeias produtivas locais vão precisar participar ativamente da vigilância para febre aftosa. “Essa capacitação promove a troca de informações e a articulação de ações de saúde animal da Seagri e da Emater. A partir de agora, com a retirada da vacina, os profissionais da área de medicina veterinária precisarão estar mais atentos do que nunca, e notificar à Seagri qualquer sinal que possa sugerir uma doença vesicular”, afirma.
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Segundo a coordenadora do Programa de Vigilância em Febre Aftosa e Doenças Vesiculares da Seagri-DF, Priscila Moura, um dos desafios na retirada da vacinação contra febre aftosa no Distrito Federal tem sido engajar os produtores rurais e os profissionais que atuam a campo, como veterinários, para participarem das ações de vigilância em saúde animal.
“A atualização dos extensionistas por meio desse curso contribui para aumentar o número de notificações ao Serviço de Defesa Agropecuária de suspeitas de doenças vesiculares em animais suscetíveis à febre aftosa”, explica Priscila Moura. “A parceria com a Emater é fundamental no contexto da evolução do status sanitário do Distrito Federal para livre de febre aftosa sem vacinação, já que a extensão rural é um componente extremamente importante na vigilância da doença”, complementa a veterinária,
Já para a gerente de Saúde Animal da Seagri-DF, Janaína Licurgo, outro desafio é desmistificar a figura negativa do agente de fiscalização sanitária.
“Infelizmente a Defesa Agropecuária ainda é percebida por alguns produtores e profissionais de saúde animal como um órgão punitivo. Mas na verdade nosso trabalho é muito mais de vigilância e educação em saúde animal, orientando os produtores e monitorando as condições sanitárias, a fim de prevenir a entrada e a disseminação de doenças que possam contaminar as pessoas ou impactar no abastecimento de produtos agropecuários, acarretando prejuízos econômicos aos produtores e aos mercados nacionais e internacionais”, esclarece Janaína Licurgo. “O objetivo é proteger a saúde das pessoas e a economia brasileira. Para isso, todos precisam estar conscientes do seu papel nessa importante missão”, conclui a gerente da Seagri-DF.
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