Uma polêmica envolvendo pecuaristas e a marca de cerveja Heineken tomou conta das redes sociais no mês de março. Tudo começou quando a cervejaria publicou em suas redes sociais apoio à campanha do Dia Mundial Sem Carne. Foi então que um movimento iniciado por internautas, chamado de #ChurrascoSemHeineken ganhou o apelo de entidades do setor pecuário.
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A primeira associação a se manifestar de forma mais crítica contra a campanha da Heineken foi a Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac). Em comunicado, a entidade disse que a “a empresa mostra total desrespeito de desconsideração à pecuária brasileira, que é motivo de orgulho por ser a primeira pecuária comercial do mundo. A Febrac sugere que os pecuaristas façam o mesmo o instituam o Churrasco sem Heineken”.
A Associação dos Criadores de Nelore de Mato Grosso (ACNMT), também aderiu à campanha e propôs que associados, utilizassem a hastag #ChurrascosemHeineken em postagens nas redes sociais. O presidente da Nelore Mato Grosso, Aldo Rezende Telles, acredita que a marca vai sofrer um boicote dos pecuaristas e do setor agro após a polêmica.
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“O churrasco sempre combinou com cerveja a marca pede para não comer carne? Isso é uma coisa sem nexo e ofende quem produz e trabalha para alimentar o país. Quem sairá perdendo será a marca”, afirma Telles.
A Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) não declarou apoio oficial à campanha da Febrac, mas em suas redes sociais compartilhou uma mensagem com a seguinte frase “Carne é nossa fiel paixão, cerveja é somente uma opção”. O presidente da ACNB, Nabih Amin El Aouar, disse que as cervejarias deveriam ser parceiras da pecuária e não inimigas.
Para tentar desfazer a polêmica criada com os pecuaristas, a Heineken disse que o post apoiando o Dia Mundial Sem Carne tinha a intenção de mostrar ao público que a cerveja também atende aos veganos. A empresa reforçou que a mensagem não significa a desvalorização de qualquer setor da economia.
