Representantes de transportadoras, postos de gasolina e os próprios deputados manifestaram preocupação com uma possível greve de caminhoneiros por causa do preço do diesel. Uma audiência da Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara foi realizada nesta quarta-feira, dia 13, para discutir o assunto.
De julho a dezembro, segundo os representantes dos postos, a Petrobras anunciou 110 ajustes nos preços da gasolina e do diesel, que acumulam aumentos de mais de 15%.
O deputado Tenente Lúcio (PSB-MG) um dos autores da audiência para discutir a política de preços da estatal, defendeu que o governo tem que retomar alguma política de subsídios para minimizar as variações de preços internacionais para os consumidores.
“O diesel era bem mais barato que a gasolina e agora está se aproximando. E eu não sei o que o governo ou o que a Petrobras está aguardando. Uma greve no país? Se nós não fizermos alguma coisa agora, lamentavelmente o país vai virar um caos”, destacou.
O representante da Confederação Nacional dos Transportes, Ari Rabaiolli, afirmou que apenas os aumentos dos preços são repassados, e não a queda. Rabaiolli sugeriu que a Petrobras faça repasses de três em três meses ou que crie um gatilho para os aumentos. Ele disse ainda que a política atual impede planejamentos de longo prazo no setor de transporte rodoviário, responsável por 61% das cargas do país.