A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou na noite desta quarta-feira, dia 30, a tabela com preços mínimos referentes ao quilômetro rodado na realização de fretes por eixo carregado. A fixação de uma tabela de frete foi uma das exigências dos caminhoneiros na greve deflagrada na semana passada.
As tabelas têm caráter obrigatório para o mercado de fretes do país e foram elaboradas em conformidade com as especificidades das cargas e estão divididas em: carga geral, a granel, frigorificada, perigosa e neogranel. A tabela deve ser publicada em edição extra do Diário Oficial da União desta quinta, 31.
Os valores da tabela valem até 20 de janeiro de 2019. As tabelas seguintes deverão ser publicadas até os dias 20 de janeiro e 20 de julho de cada ano e serão válidas para o semestre em que forem editadas. Confira aqui os valores.
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A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) acredita que o tabelamento do preço mínimo pode influenciar o custo do frete ao produtor. “Calculamos que esse custo vai aumentar 30% principalmente para granéis até que seja ajustada essa situação no mercado, até que se prove que esse sistema não se sustentará”, explica a assessora técnica da entidade, Elisângela Lopes.
Na Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputados avaliam que vai ser difícil formular tabela que se adeque às condições regionais de mercado. “Quando você trabalha com transportador autônomo e com um que tem uma grande empresa, a concorrência é entre eles. Um pode fazer um valor menor porque tem uma frota maior, então é difícil você acertar. Além disso, tem o tomador do frete, que também vai buscar o que for melhor para ele”, afirma o deputado federal Valdir Colatto (MDB-SC).
