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Internacional

Apoio aos combustíveis fósseis quase dobrou em 2021, aponta OCDE

Aumento ocorre em um momento em que muitos países lutam para honrar seus compromissos assumidos no passado

As principais economias do mundo aumentaram acentuadamente o apoio à produção e consumo de combustíveis fósseis, como o carvão, o petróleo e o gás natural, de acordo com análise divulgada nesta segunda-feira (29), pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e pela Agência Internacional de Energia (AIE, na sigla em inglês).

Segundo o levantamento, esse aumento ocorre em um momento em que muitos países lutam para honrar seus compromissos assumidos no passado, para eliminar subsídios aos combustíveis fósseis e proteger os cidadãos do aumento de preços de energia.

Novos dados da OCDE e da AIE mostram que o apoio geral do governo aos combustíveis fósseis em 51 países em todo o mundo quase dobrou para US$ 697,2 bilhões em 2021, de US$ 362,4 bilhões em 2020, à medida que os preços da energia aumentaram com a recuperação da economia global. Além disso, prevê-se que os subsídios ao consumo aumentem ainda mais em 2022 devido ao aumento dos preços dos combustíveis e do uso de energia.

“Aumentos significativos nos subsídios aos combustíveis fósseis incentivam o consumo exagerado” — Mathias Cormann

“A guerra da Rússia contra a Ucrânia causou aumentos acentuados nos preços da energia e minou a segurança energética. Aumentos significativos nos subsídios aos combustíveis fósseis incentivam o consumo exagerado, embora não necessariamente atinjam as famílias de baixa renda”, disse o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann.

OCDE quer medidas contra combustíveis fósseis

Petróleo
Foto: Pixabay

Além de divulgar os resultados do levantamento, Cormann reforçou que, de acordo com ele, o apoio ao uso de combustíveis fósseis será revertido. Ele, inclusive, propõe ações contra esse tipo de produto.

“Precisamos adotar medidas que protejam os consumidores dos impactos extremos das mudanças de mercado e forças geopolíticas de uma maneira que nos ajude a manter no caminho da neutralidade de carbono, bem como da segurança energética e acessibilidade”, conclui o secretário-geral da OCDE.

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