O reajuste da tabela do frete, publicado na quarta-feira, dia 5, foi recebido entre os caminhoneiros como uma simples atualização devida pelo governo, e isso que não afasta outras preocupações da categoria.
“É o que precisava ser feito, é o repasse conforme a lei”, comentou o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac) de Ponta Grossa, Neori Leobet. Em nota, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) classificou a medida como “apenas” uma atualização.
No entanto, a falta de informação quanto às fiscalizações ainda causa tensão. Segundo líderes do movimento, está mantida uma manifestação marcada para o próximo dia 12 em frente à sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para pressionar a atuação dos fiscais pelo descumprimento da tabela.
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A Abcam, por sua vez, informou que há preocupação com a demora na publicação de uma nova tabela condizente com a realidade do transportador autônomo de cargas, o que pode levar a uma estagnação na contratação de serviços, já que segundo a entidade a atual tabela beneficia apenas as empresas de transporte.
O reajuste foi aplicado sobre um conjunto de tabelas feito às pressas, no auge da paralisação dos caminhoneiros. O governo, as empresas e os próprios caminhoneiros apontam erros e exageros nelas. A ANTT trabalha em novas planilhas, mais detalhadas. Mas esse trabalho só deverá ser concluído no final do ano, informou o órgão.