O risco de incêndios em áreas rurais aumenta no período de estiagem que é observado durante a safra de milho em Mato Grosso, especialmente durante a colheita. Com isso aumenta a preocupação dos produtores sobre a possibilidade de incêndios e suas consequências, como perdas de produtos, maquinários, qualidade do solo e reservas legais, que podem demorar de quatro a cinco anos para serem recuperadas.
Para orientar o comportamento diante da prevenção de acidentes com fogo, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), em parceria com o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso (CBMMT) realiza campanha preventiva voltada aos agricultores. As recomendações estão disponíveis em uma cartilha elaborada pela entidade, que pode ser baixada neste link.
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Nesta época do ano que chamamos de “seca”, a baixa umidade relativa do ar combinada a outros fatores, como elevadas temperaturas e a alta velocidade do vento, criam um ambiente propício para originar os indesejáveis acidentes com fogo. A colheita do milho é um grande gerador de volume de palhada que serve de combustível para os incêndios rurais. A falta de procedimentos adequados na prevenção, pode desencadear a propagação do fogo, acarretando prejuízos ambientais.
Aprosoja Mato Grosso destaca que é importante adotar medidas de prevenção e seguir algumas recomendações para uma colheita segura e assim reduzir riscos de incêndios nas propriedades.
Veja alguns cuidados para evitar incêndios nas lavouras
Antes da colheita tenha próximo: caminhão ou trator-pipa, bomba d’água, trator equipado com lâmina e grade, bombas costais, abafadores, luvas, óculos, botas e protetores respiratórios (EPIs). Mantenha aceiros limpos nos limites da propriedade, no entorno da vegetação de reserva legal e área de preservação permanente e em locais que oferecem riscos de incêndios florestais.
Vai colher? Tenha por perto: máquinas disponíveis para a confecção de aceiros emergenciais, caminhão-pipa, materiais para primeiros socorros, instrumentos para orientação (bússola, GPS), equipamentos para iluminação (se for o caso), material para combate (abafador, mochila costal e material de sapa), equipamentos de comunicação, instrumento que determine a direção e a velocidade do vento, máquina fotográfica e disponibilidade de água para hidratação do pessoal em combate.
Outras recomendações: todos devem estar devidamente equipados (EPIs), colher primeiramente as bordaduras, manter reservatórios de água ou caminhão-pipa próximo da máquina colhedora, verificar pontos abundantes de captação de água para abastecimento do caminhão-pipa (rios, represas, lagoas etc.), ter um plano de comunicação (celular, rádio etc.), ter um plano de emergência de incêndios florestais, envolvendo propriedades vizinhas e informá-las sobre o período que será realizada cada colheita (início e término) para que fiquem alerta, analisar a situação geral do terreno (avaliação de riscos, topografia, existência e localização de aceiros etc.). Durante a parada das máquinas colhedoras é recomendada a limpeza dessas máquinas, evitando o excesso de pó, palhada etc., realizar monitoramento aéreo da área de colheita (Ex.: drone); estabelecer possíveis rotas de fuga e avaliar a direção do vento.
Conforme a equipe técnica da Comissão de Sustentabilidade da Aprosoja, é indispensável adotar ações de prevenção e seguir todas as orientações. O produtor também deve estar atento as legislações que regulam possíveis responsabilizações administrativas, cíveis e penais, em caso de incêndios involuntários.