A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) irá ceder armazéns que estão ociosos em diferentes regiões do país para atender a necessidades de produtores locais. A primeira cessão foi feita nesta quarta-feira, dia 7, no município de Chapadão do Sul (MS).
A decisão, anunciada pelo ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), visa também desonerar a União pela manutenção dessas unidades.
São 177 armazéns, sendo 17 em Mato Grosso do Sul. A Conab está realizando levantamento de quais estão em desuso hoje no país. Em reunião com o presidente do Banco do Brasil, Paulo Cafarelli, Maggi decidiu também pelo encerramento do programa voltado à construção de novos armazéns.
Lançado em 2013, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, o plano previa a construção e reforma de 90 armazéns em até dois anos. O BB é o responsável pela licitação de projetos e obras do programa, mas nenhuma obra saiu do papel até hoje. O programa custa entre R$ 2 e R$ 3 milhões ao governo por ano.
Blairo Maggi afirmou que a mudança no pensamento e direção de governo foram fundamentais à decisão e que o papel da Conab deve estar voltado ao acompanhamento de safras e política de preços. “A manutenção de armazéns se justifica apenas em raríssimos casos”. Por isso, acrescentou, o objetivo é ceder ou vender as unidades ociosas a estados e municípios, que poderão fazer parceria com a iniciativa privada.
No caso de Chapadão do Sul, o prefeito Luiz Felipe Magalhães se encarregará, durante o período de dois anos de cessão, de reformar e de equipar o armazém, que deverá atender aos produtores, especialmente os pequenos, da região.
O evento em Mato Grosso do Sul contou com a participação do governador do estado, Reinaldo Azambuja, do presidente da Conab, Francisco Bezerra, mais parlamentares e vereadores.