Os preços do boi gordo voltaram a subir na maioria das regiões nesta quarta-feira, 1º. Segundo o analista da Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a oferta permanece muito restrita, e os frigoríficos encontram grande dificuldade em alongar suas escalas de abate, ainda posicionadas entre dois e três dias úteis.
“A demanda chinesa permanece efetiva neste momento, com o país asiático muito atuante no mercado internacional, avaliando a lacuna de oferta provocada pela peste suína africana”, diz.
A exportação brasileira de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada subiu 33,2% em junho em relação ao mesmo mês do ano anterior, para 152,5 mil toneladas, segundo dados divulgados pelo Ministério da Economia.
No mercado doméstico, a demanda de carne bovina entra em xeque, com medidas mais rígidas de quarentena adotadas em estados como Paraná, Goiás e ainda no Distrito Federal. Como contraponto, há o processo gradual de relaxamento das medidas de distanciamento em São Paulo, principal centro consumidor do país.
Na capital de São Paulo, os preços passaram de R$ 217/R$ 218 para R$ 218. Em Uberaba (MG), continuaram estáveis em R$ 211. Em Dourados (MS), subiram de R$ 208 para R$ 210. Em Goiânia (GO), seguiram em R$ 210. Já em Cuiabá (MT), foram de R$ 194 para R$ 196.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina subiram. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade do movimento, avaliando a melhor reposição entre atacado durante a primeira quinzena de julho, momento em que o consumidor médio está capitalizado com a entrada dos salários. “A reabertura gradual da grande São Paulo pode ser indicador como um fator de otimismo para a continuidade deste movimento”, aponta.
A ponta de agulha ficou em R$ 11,90 o quilo, alta diária de cinco centavos. O corte dianteiro subiu cinco centavos, para R$ 12,56 o quilo, e o corte traseiro passou de R$ 13,75 o quilo para R$ 14 por quilo.