Manifestantes protestaram na Avenida Paulista, neste domingo, dia 4, em São Paulo, contra o impeachment de Dilma Rousseff, afastada do cargo pelo Senado Federal, na semana passada. Eles pediram a saída do presidente Michel Temer e a realização de novas eleições para presidente no país. O protesto foi organizado pelos movimentos Frente Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular, contando com a participação de políticos.
A concentração foi marcada para a frente do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Depois, a caminhada seguiu até o Largo da Batata, passando pela Avenida Rebouças. Apesar de o ato ocorrer de forma pacífica, houve momento de tensão, quando uma fila de policiais militares começou a chegar ao local, acompanhada de vaias e gritos de frases como “queremos o fim da Polícia Militar e fascistas”.
Um dos manifestantes arremessou uma garrafa em direção aos policiais e um dos policiais ameaçou responder, mas isso não aconteceu. Do caminhão de som, os organizadores pediram calma aos manifestantes. Segundo os organizadores, 100 mil pessoas participaram do ato. A Polícia Militar não informou a sua estimativa.
Rio
No Rio de Janeiro, um grupo entre 7 mil e 10 mil pessoas, segundo os organizadores, caminhou do hotel Copacabana Palace até o Canecão – tradicional casa de shows –, na zona sul carioca. A Polícia Militar não estimou o número de manifestantes. Cartazes e palavras de ordem pediram a saída do governo e novas eleições para a Presidência da República.
Os manifestantes se concentraram desde às 10h em frente ao hotel, antes de sair em caminhada. Aos gritos de “Diretas Já” e jograis como “Eu já falei, vou repetir, é o povo quem tem de decidir” ou “Diretas já, o povo quer votar”, chegaram até a casa de show.
Durante o protesto, ainda em Copacabana, um veículo do jornal O Estado de S.Paulo foi danificado. Um manifestante sozinho, exaltado, chutou as duas portas do carro, do lado do motorista e o porta-malas do carro. Foi feito um registro por dano ao patrimônio na 12ª Delegacia de Polícia. A PM disse que não houve outros registros de violência até a dispersão do ato.