Associações de criadores registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) já podem inserir as informações estatísticas, de funcionamento e de recebimento dos procedimentos de auditoria de forma 100% digital.
Segundo a pasta, com a transformação digital do procedimento de Auditoria do Serviço de Registro Genealógico de Animais, o governo federal pretende melhorar a gestão, ter economia de recursos e promover a transparência.
“Entre as principais vantagens, está a possibilidade de redistribuir o processo de análise documental entre as unidades e, assim, agilizar as auditorias diminuindo custos com diárias e deslocamentos pelo ministério”, diz.
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Após a análise documental, o interessado é informado por correio eletrônico se as informações estão conformes ou se é necessária alguma ação. Por meio da plataforma gov.br, os usuários conseguem acompanhar o andamento das auditorias e, ainda, selecionar ser notificado durante todas as etapas do processo.
O secretário de Governo Digital, Luis Felipe Monteiro, destaca que a equipe da Secretaria de Defesa Agropecuária percebeu desde o início o potencial transformador da iniciativa. “É fundamental fazer uma transformação do Estado, tornar acessível tudo que é possível em formato digital, formato que cidadãos e empresas possam ter acesso à informação a qualquer hora, de qualquer lugar”, afirma.
Registro genealógico
O procedimento de Auditoria do Serviço de Registro Genealógico de Animais faz parte do portfólio das ações institucionais do Mapa, que visa fortalecer uma ferramenta importante para a conservação genética dos animais, para a promoção de melhorias da produtividade animal e de robustos incrementos na agropecuária brasileira como um todo.
O serviço de registro genealógico animal é feito hoje por 45 associações registradas no Mapa. Existem mais de 300 mil cabeças registradas – do total de 230 milhões presentes no Brasil. O trabalho tem se mostrado de grande importância para o controle genético dos rebanhos e para o aumento da produtividade nos últimos anos.
O registro genealógico permite que os produtores cruzem indivíduos mais resistentes no campo, com maiores índices de produtividade ou que possam gerar maior número de descendentes em um menor intervalo de tempo, por exemplo.
“Essas ações são realizadas pelo Departamento de Saúde Animal e se mostram peças fundamentais da chamada “pecuária de precisão”, adotada pelos produtores brasileiros para incrementar os seus índices produtivos”, explica o auditor fiscal federal agropecuário da Secretaria de Defesa Agropecuária, Romero Teixeira.
A “pecuária de precisão” incorpora sistemas que são capazes de armazenar e controlar um grande número de informações colhidas no campo e transformá-las em um banco de dados que possibilita prever as necessidades de um rebanho, ou até de políticas públicas. Também auxilia na tomada de decisões de forma mais acurada e sustentável, tudo isso partindo das informações fidedignas e auditadas de genealogia e dos índices zootécnicos dos animais registrados ou controlados.
Em 2018, o Mapa realizou mais de 40 auditorias, nas associações de criadores registradas, com uma equipe de 11 auditores fiscais federais agropecuários, distribuídos em dez estados.