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Banco do Brasil disponibilizará R$ 110,5 bilhões à safra 2015/2016

Segundo vice-presidente de Agronegócios, 73,76% dos recursos terão juros controlados

O vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil (BB), Osmar Fernandes Dias, anunciou que a instituição disponibilizará R$ 110,5 bilhões em crédito à agropecuária brasileira na safra 2015/2016.

Durante o evento que detalhou como será a participação do banco no atual Plano Agrícola e Pecuário, em Brasília, Dias informou que a parte de custeio e comercialização ficará com 74% dos recursos. Os produtores e as cooperativas terão direito a R$ 90,5 bilhões do crédito, enquanto R$ 20 bilhões irão para empresas do agronegócio.

– No momento em que o país faz ajuste fiscal, o Ministério da Fazenda teve sensibilidade de não realizar cortes no crédito rural – afirmou o executivo durante a cerimônia.

O montante reservado para a agricultura familiar subiu 11% em relação à temporada 2014/2015, para R$ 17,7 bilhões. Os médios produtores poderão acessar R$ 14,1 bilhões em crédito, aumento de 21%, e a agricultura empresarial terá direito a R$ 58,7 bilhões, crescimento de 28%.

Em relação aos programas voltados a investimentos na produção, o Banco do Brasil dividiu os recursos da seguinte forma:

• R$ 7,8 bilhões ao Pronaf Mais Alimentos;

• R$ 4 bilhões ao Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota);

• R$ 2,7 bilhões ao Programa para Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (Programa ABC);

• R$ 1,5 bilhão ao Programa para a Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e;

• R$ 1,1 bilhão ao Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro).

Juros

A respeito dos juros que incidirão sobre estes recursos, o vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil disse que 73,76% serão a juros controlados e apenas 26,24% será através de juros livres. Com essa distribuição, o BB separou R$ 29 bilhões em juros livres e R$ 81,5 bilhões em controlados. 

De acordo Dias, as taxas de juros controladas para o Plano Safra 2015/16 ficaram abaixo do que o produtor esperava.  Segundo ele, a taxa média vai depender do porte do produtor

Ele relatou, ainda, que os juros controlados vão de 2% ao ano a 8,75% ao ano. No entanto, ele evitou falar quais seriam as taxas livres, mas lembrou que na safra passada, em função de um mix de funding, foi possível fazer taxas de 10% ao ano para comercialização.

Pagamento da equalização

Dias afirmou também que não haverá interrupção na liberação de recursos para o Plano Safra 2015/2016, em virtude dos atrasos no pagamento da equalização das taxas de juros pelo governo ainda da safra passada.

– Não tem nada a ver equalização com funding, temos contrato de prestação de serviço com o governo e vamos continuar a prestar – disse.

O vice-presidente do banco não quis revelar, porém, qual o montante total de equalização a ser pago pelo governo da safra passada.  

Segundo Dias, os atrasos da equalização estão sendo tratados pelo próprio governo com área de Finanças do banco.

– Não há preocupação. Estamos prestando serviço e esse crédito junto ao governo está sendo corrigido pela Selic [taxa básica de juros]. Tenho certeza de que o acionista minoritário, o majoritário, ninguém perdeu com isso – ressaltou.

Ele observou, ainda, que os desembolsos, nesta safra, vão crescer 23% em relação à passada

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