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Bancos públicos crescem 17% no crédito rural em julho e agosto

Considerando instituições privadas, contratações subiram 4%, diz Ministério da Agricultura

Fonte: Divulgação

As contratações de crédito rural somaram R$ 20,981 bilhões nos dois primeiros meses do ano-safra 2015/2016 (julho e agosto). Os dados são do Ministério da Agricultura e não contabilizam o crédito de investimento que, segundo a pasta, ainda é pequeno nesta fase.

Com esse montante, o volume de recursos ofertados cresceu 4% na comparação com o acumulado de julho a agosto do ano passado.

Na avaliação do secretário de Política Agrícola do ministério, André Nassar, o resultado é relevante, “sobretudo pelo crescimento global em bancos públicos”.

– Houve uma desaceleração em agosto, mas isso é normal após a disparada de contratações em julho – observou.

 Os dados mostram ainda que, por instituição financeira, os bancos públicos lideram no período analisado, com avanço de 17%, passando de R$ 10,5 bilhões entre julho e agosto de 2014 para R$ 12,3 bilhões no mesmo período de 2015. Os bancos privados, por outro lado, não apresentaram variação entre um período e outro, perfazendo R$ 6,7 bilhões em contratações – mesmo volume em relação a 2014.

– De fato, os bancos públicos continuam trabalhando bem, principalmente usando a poupança rural – afirmou.

As cooperativas apresentaram o pior desempenho, retração de 33%, caindo de R$ 2,9 bilhões para R$ 1,9 bilhão em contratações.

O secretário relatou ainda que a maior parte dos recursos ficou concentrada no médio produtor rural, que tem faturamento de até R$ 1,6 milhão por ano. O entendimento é o de que os bancos podem estar atribuindo menor risco a esses produtores, e, com isso, as contratações para o segmento cresceram 64%. Apenas nos bancos públicos o incremento foi de 85%. Entre os grandes, houve recuo de 5%. 

Cooperativas de crédito

As cooperativas de crédito têm enfrentado dificuldades de funding para o crédito rural e desacelerado as contratações. Nos dois primeiros meses do ano-safra 2015/2016, o volume contratado caiu 33%, somando R$ 1,957 bilhão no acumulado de julho a agosto deste ano. Em 2014, essas operações haviam chegado a R$ 2,93 bilhões. Nassar explicou que esse recuo foi puxado pelas operações com recursos de depósito à vista.

– A capacidade de elas captarem depósito à vista caiu R$ 1 bilhão neste início de Plano Safra. Elas compravam depósito a vista de outros bancos mas, com a Selic [taxa básica de juros] a 14,25% ao ano, as instituições que antes aplicavam nas cooperativas estão aplicando na taxa de juros – explicou.

Segundo o secretário de Política Agrícola, os dados mostram que este é um ano em que os recursos de depósito a vista, uma importante fonte de recursos para o crédito rural, não vão crescer.

– Quando a gente pensou o Plano Safra já havíamos pensado nessa queda, mas ainda assim fizemos um plano com crescimento de 7,5%. Não é negativo o quadro, pelo contrário, o crédito continua crescendo – observou. 

Nassar relatou ainda que em regiões nas quais os produtores são mais dependentes de cooperativas, o Banco do Brasil pode atuar compensando essa falta.

– O resultado das cooperativas é uma questão de conjuntura, é uma questão de sistema financeiro – ponderou.

Ele observou ainda que os bancos públicos também estão usando menos o depósito à vista, e mais dinheiro da poupança.

Um outro segmento que começou a andar foram as operações com Letras de Crédito do Agronegócio (LCA). Em julho, elas somaram R$ 75,771 milhões e, em agosto, R$ 94,1 milhões. Nassar negou que o baixo volume de recursos possa representar uma frustração.

– Não é porque fizeram R$ 169 milhões em dois meses que não vai decolar. O potencial é de R$ 30 bilhões, então isso vai crescer bastante –argumentou. 
  

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