No município de Jaciara (MT), ladrões estão furtando óleo diesel das colheitadeiras e máquinas no meio da lavoura. Revoltados, os produtores cobram mais policiamento no campo, para coibir esse tipo de crime e evitar um possível conflito.
A propriedade de Ereno Giacomelli já foi visitada por ladrões de diesel em duas ocasiões. O produtor calcula que, somados, os dois furtos geraram um prejuízo de R$ 7.000. Os marginais agiram à noite e no meio da lavoura, sem deixar rastros.
“Você está aqui trabalhando de sol a sol, sai para descansar e, quando volta no outro dia, o seu descanso custou caro. A minha colheitadeira comporta mil litros de óleo diesel. Aí você multiplica isso por R$ 3 e vê que o bandido levou R$ 3.000”, lamenta Giacomelli.
Operador de maquinário da fazenda e responsável pelos abastecimentos, Romario Coelho de Lima foi o primeiro a perceber o furto quando chegou de manhã para iniciar os trabalhos no campo.
“Nós largamos as máquinas cheias, abastecidas, à tarde. No outro dia, quando a gente chegou, fomos surpreendidos. Estava tudo melado de óleo, e o tanque estava vazio. Dava para trabalhar um dia e meio com o óleo que tinha ali. De agora em diante, o jeito vai ser levar as máquinas para o barracão”, diz ele.
“Você tem todo o seu custo da lavoura planejado na ponta da caneta, e o que sai fora disso acaba gerando um grande prejuízo. Você pega mil litros de diesel a R$ 3.000 e divide pelo produto que você está colhendo hoje, que é milho, a R$ 17. Daí vê quantas sacas precisa produzir para cobrir o rombo”, afirma Giacomelli.
Ele, que também é presidente do Sindicato Rural de Jaciara, diz que não é a única vítima na região. “Já fiquei sabendo que em outras propriedades está acontecendo isso também. Vem desde o ano passado. Toda semana você fica sabendo que os bandidos estão atuando”, afirma.
Rogério Bervanger é vizinho de propriedade de Giacomelli. Ele também teve seus maquinários violados pelos ladrões. O prejuízo com furto de combustível foi de R$ 7.500. “É lamentável essa situação. Agora vamos ter que fazer uma escolta noturna para vigiar o maquinário”, lamenta o produtor.
“Hoje, com essa situação, o produtor está vulnerável. Por isso é importante as vítimas avisarem nos grupos das redes sociais. Assim, dá até para ajudar as autoridades na captura desses criminosos”, recomenda Bervanger.