O I Seminário da Fruticultura Irrigada, realizado na última sexta e sábado no município de Barra, no oeste da Bahia, consolidou a região do Médio São Francisco como uma nova fronteira agrícola promissora. Com cerca de 500 participantes, o evento destacou o alto potencial de produtividade da região, com foco na diversificação de culturas e na expansão da agroindústria.
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Gleise Melo, produtora rural que cultiva coco e cacau na área desde 2013, vê o evento como um marco para o desenvolvimento local. “Nossa ideia é montar uma agroindústria para processar o coco e agregar valor à comunidade local”, afirmou. Assim como ela, os 70 agricultores do Sindicato dos Produtores Rurais de Barra (SindBarra) enxergam oportunidades de crescimento, com destaque para a fruticultura, o cultivo de grãos e a pecuária.
O presidente da Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Guilherme Coelho, elogiou a riqueza hídrica e a força de trabalho local, ressaltando a importância da irrigação como modelo de transformação agrícola. O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia, Carminha Míssio, reforçou a necessidade de atrair investimentos para a região, destacando o impacto positivo na geração de empregos e renda.
A fruticultura baiana movimentou R$ 5,7 bilhões em 2023, com destaque para a produção de manga e uva, e deve crescer ainda mais com a realização da Barra Agro Show em 2025, evento esperado para impulsionar a agricultura irrigada e atrair cerca de 60 expositores.