Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Base rural 'não digere' Kátia Abreu na presidência da CNA, diz Schreiner

Vice da entidade acredita que a senadora está tendo "bom senso" de não retornar à presidência da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil

Fonte: José Cruz/Agência Brasil

O vice-presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Mário Schreiner, disse que “a base (rural) não digere” a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) na presidência da entidade. “Os produtores e sindicatos rurais não veem nela uma representante. Vocês sabem o porquê”, afirmou, se referindo à questão política, mas sem querer explicitar as divergências. Schreiner, que esteve nesta quinta-feira (28) com o presidente em exercício, Michel Temer, no Palácio do Planalto, disse que a senadora está tendo “bom senso” de não retornar à presidência da entidade, da qual está licenciada desde o início do segundo mandato da presidente afastada Dilma Rousseff, de quem foi ministra e se tornou defensora. Questionado se era um alívio para o setor o afastamento dela, o presidente da CNA respondeu: “Acho que é o bom senso que impera”.

Schreiner foi ao Planalto pedir o apoio de Temer ao setor e, principalmente, “uma política de abastecimento mais ousada”. Queixou-se com ele, ainda, de uma portaria que foi colocada em vigor depois que o PMDB assumiu o governo, que obriga os produtores rurais a se submeterem a um licenciamento ambiental anual. “Isso é inviável”, declarou, reclamando da burocracia que essa medida impõe ao setor, que já enfrenta dificuldades por causa do clima e da infraestrutura limitada para o escoamento da produção. “É preciso facilitar a vida do produtor e não dificultar”, afirmou. Segundo ele, Temer comentou que “vai se empenhar” para tentar resolver o problema.

Esta não foi a única demanda de Schreiner, na audiência com Temer. Ele afirmou que representantes da CNA entregaram uma carta com dez pontos fundamentais para o desenvolvimento do setor e para ajudar o país sair da crise econômica. “Nós temos ajudado no setor do emprego, da balança comercial, mas podemos ir além”, observou, lembrando que hoje é comemorado o Dia do Produtor Rural. Entre os pontos levantados, de acordo com ele, estão pedidos de mais segurança jurídica e atenção a infraestrutura e logística. “Somos eficientes da porteira para dentro, mas ao sairmos da porteira temos muitas dificuldades”, comentou ele, exemplificando que o escoamento de produtos no Brasil custa US$ 80 por tonelada enquanto nos Estados Unidos este valor é de US$ 16 a tonelada. Ele quer ainda uma “política agrícola plurianual”. Embora Temer não tenha dado sinais concretos sobre o que poderá ser atendido, o presidente da CNA salientou que “o principal avanço é o diálogo”. 

Feijão
O presidente da CNA falou ainda sobre as dificuldades em relação ao alto preço do feijão. De acordo com ele, os produtores estão enfrentando muitos problemas e, embora o preço já tenha caído para o produtor, isso não se refletiu ainda na ponta, nos supermercados, para os consumidores. 

Sair da versão mobile