O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, está entre os alvos de investigação da Procuradoria-Geral da República na operação Lava Jato, segundo informação do jornal O Estado de S. Paulo.
Além do inquérito contra Maggi, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Lava Jato, também teria determinado a abertura de processo contra outros oito ministros do governo Temer, 29 senadores e 42 deputados federais. No total, Fachin autorizou a abertura de 76 inquéritos para inverstigar políticos com foro privilegiado, citados em depoimentosde delação premiada de executivos e ex-funcionários do Grupo Odebrecht.
Maggi teria recebido R$ 12 milhões em 2006, para a campanha ao governo de Mato Grosso. Segundo os delatores, a empresa detinha créditos em razão de obras públicas realizadas no estado. Em nota, Maggi afirma lamentar que seu nome tenha sido incluído numa lista de pessoas citadas em delações da Construtora Odebrecht, sem que tivesse qualquer possibilidade de acesso ao conteúdo para se defender. “Me causa grande constrangimento ter minha honra e dignidade maculadas, numa situação na qual não sei sequer do que sou acusado”, diz.
No texto, Maggi ainda diz que não recebeu doações da Odebrecht para campanhas eleitorais, nunca teve relação com a empresa ou seus dirigentes e que tem a consciência tranquila de que nada fez de errado.
Segundo os delatores João Antônio Pacífico Ferreira e Pedro Augusto Carneiro Leão, o codinome de Maggi no departamento da empreiteira dedicado ao pagamento de propinas era “Caldo”.
A decisão do ministro Edson Fachin foi assinada no dia 4 abril e estava prevista para ser divulgada após o feriado de Páscoa. No entanto, a divulgação foi antecipada para esta terça-feira, dia 11, depois que informações foram publicadas pelo jornal O Estado de São Paulo, que teve acesso às integras das decisões.
As delações da Odebrecht foram homologadas em janeiro pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, após a morte do relator, Teori Zavascki, em acidente aéreo. Foram colhidos pela Procuradoria-Geral da República (PGR) 950 depoimentos de 77 delatores ligados à empreiteira.
Saiba quais políticos serão investigados:
*não aparece na lista oficial da FP