Nesta terça-feira (15), o governo da Argentina informou, por meio da Aduana, que suspenderia as exportações de carne bovina por 15 dias.
O governo argentino havia determinado a proibição devido ao aumento de 30% no valor do boi após a desvalorização da moeda
No entanto, de acordo com o Clarín, o governo revisou sua posição após uma reunião com representantes do setor e agora declara que buscará um acordo para abastecer o mercado interno e garantir as exportações.
“Estamos trabalhando com o setor para um acordo sobre volume e preços, visando abastecer o mercado local e manter as exportações”, afirmou Guillermo Michel, diretor-geral da Aduana.
Após o próprio Governo divulgar a informação, o secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, Juan José Bahillo, anunciou no Twitter que “não haverá suspensão de exportações de carne”.
Os preços do gado aumentaram 30%, e é provável que esse aumento seja repassado aos açougues ao longo do fim de semana.
Este é o segundo aumento em um intervalo de 15 dias, sendo que outra elevação de 20% já havia sido observada em 1º de julho.
O governo liderado pelo presidente Alberto Fernández adotou medidas recentes para conter a inflação, que ultrapassa a marca dos 115%.
No ano de 2021, o país implementou um embargo temporário sobre a exportação de carne bovina durante um mês, o que gerou protestos do setor produtivo.
No domingo (13) na Argentina, o candidato Javier Milei venceu as eleições primárias.