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Diversos

Boi gordo dispara no mercado interno e arroba chega a R$ 290

A oferta restrita de animais segue ditando o ritmo dos negócios neste início de ano, cenário que deve se manter até março, segundo analista

Foto: Sérgio Medeiros

O mercado físico de boi gordo intensificou o movimento de alta nos preços nesta terça-feira, 12. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios ainda é regido por um quadro de oferta anêmica em grande parte do país e, nessas condições, torna-se compreensível a dificuldade que os frigoríficos enfrentam na composição de suas escalas de abate.

No geral, o movimento de alta é muito agressivo neste início de ano. Resta saber, conforme Iglesias, qual será a reação dos frigoríficos que operam apenas no mercado doméstico, uma vez que a margem operacional está bastante apertada. “A expectativa é que haja algum avanço da oferta a partir de meados de março, quando os animais de pasto devem estar aptos ao abate”, diz Iglesias.

Em São Paulo, os preços apresentam consistente movimento de alta. Na região de Presidente Prudente, há relatos de negócios realizados a R$ 300 por arroba, com prazo de 30 dias para pagamento. Para animais destinados ao mercado doméstico, há relatos de negócios em até R$ 290 a arroba.

Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 287, contra R$ 280 a arroba na segunda, 11. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 275, contra R$ 270. Em Dourados (MS), a arroba subiu de R$ 269 para R$ 274. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 265, contra R$ 258 a arroba na segunda-feira. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 285 ante R$ 275 a arroba.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina tiveram um dia de acomodação. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por pontual alta dos preços. Mas o ponto de inflexão permanece na demanda doméstica, uma vez que o consumidor médio está descapitalizado, avaliando a incidência de despesas corriqueiras a essa época do ano, como o IPVA, IPTU a compra do material escolar. “Somado a isso, precisa ser considerado o término do auxílio emergencial que altera a dinâmica do consumo de base, assinala Iglesias.

Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20,80 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 15,50 o quilo, enquanto a ponta de agulha seguiu em R$ 15,50 o quilo.

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