O mercado brasileiro de boi gordo continua a enfrentar um cenário fragilizado, com os preços da arroba recuando mais uma vez no Brasil.
Os frigoríficos alegam que as exportações estão impactando negativamente a receita, enquanto a demanda interna também está enfraquecida.
Esse conjunto de fatores está pressionando os preços da arroba, com as escalas de abate avançando sem resistência significativa por parte dos pecuaristas, o que alimenta um tom pessimista para a formação dos preços, segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias.
Além disso, as cotações do boi também estão em queda no mercado futuro.
- São Paulo: Referência para a arroba do boi a prazo caiu 4,44%, passando de R$ 225,00 para R$ 215,00.
- Dourados (MS): Queda de 4,44%, arroba cotada a R$ 215,00 frente aos R$ 225,00 da semana anterior.
- Cuiabá (MT): Queda de 2,87%, indo de R$ 209,00 para R$ 203,00.
- Uberaba (MG): Preço caiu 6,67%, saindo de R$ 225,00 para R$ 210,00.
- Goiânia (GO): Baixa de 4,65%, indicação de preço passando de R$ 215,00 para R$ 205,00.
Mercado atacadista também quedas
O mercado atacadista também tem sentido os impactos da fragilidade do setor, com preços em queda devido ao enfraquecimento na demanda.
A concorrência acirrada com a carne de frango, que é mais competitiva em relação a outras proteínas como o boi e o suíno, tem contribuído para essa tendência.
No mercado atacadista, o quarto do traseiro foi precificado a R$ 17,15 por quilo, uma queda de 3,92% em comparação com os R$ 17,85 da semana anterior.
Já o quarto do dianteiro teve uma retração de 2,99%, sendo precificado a R$ 13,00 por quilo, em comparação aos R$ 13,40 da última semana.
Desafios nas exportações
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil têm enfrentado desafios, registrando um rendimento de US$ 375,621 milhões em agosto, considerando apenas 9 dias úteis, com uma média diária de US$ 41,735 milhões.
A quantidade total exportada atingiu 83,343 mil toneladas, com média diária de 9,260 mil toneladas.
O preço médio por tonelada ficou em US$ 4.506,90.
No entanto, em comparação com agosto de 2022, houve uma redução de 23% no valor médio diário das exportações, um aumento de 4,8% na quantidade média diária exportada e uma desvalorização de 26,5% no preço médio.