O presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou que o novo governo vai ter quatro anos para fazer a reforma da Previdência, que pode ser encaminhada ao Congresso Nacional de forma fatiada. Há possibilidade de aproveitamento de trechos da proposta já em tramitação, preservando a diferença nas idades mínimas de aposentadoria para homens e mulheres.
No lugar de uma campanha mais agressiva pela aprovação da reforma da Previdência, Bolsonaro acabou usando as primeiras reuniões que teve com bancadas de grandes partidos para defender uma nova reforma trabalhista – a mais recente entrou em vigor há pouco mais de um ano.
O político do PSL pediu apoio para o governo e disse que o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, não tem como resolver tudo sem respaldo do Congresso.
“O mercado recebeu com neutralidade a notícia, porque, ainda que esteja fatiado, a perspectiva do mercado sempre foi muito focada na idade mínima. Esse é o ponto que tem que ser atacado de forma mais intensa pela equipe do novo governo”, afirma o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira.