Bolsonaro quer ser lembrado como um presidente que não aumentou impostos. Mas, depois de um evento militar hoje em Brasília, o presidente da República declarou que o Imposto de Operações Financeiras (IOF) pode subir. Não divulgou quanto, mas disse que é uma alternativa para equilibrar as contas. O motivo para isso seria que o governo deve abdicar de cerca de R$ 3,5 bilhões por ano até 2023, com um incentivo fiscal às empresas do Norte e Nordeste.
Para compensar essa possível alta, Bolsonaro falou que a alíquota do Imposto de Renda, hoje fixada em 27,5%, pode cair para 25%.
Outro desafio que o novo governo deve enfrentar será a grande oposição às suas medidas polêmicas. Em entrevista nesta semana, Bolsonaro falou sobre acabar com a Justiça do Trabalho e endurecer ainda mais as regras trabalhistas porque, segundo ele, a mão de obra no Brasil é cara. Os precedentes, entretanto, não aparentam ser bons. Medidas similares tomadas durante o governo Temer, como a reforma trabalhista, parecem não ter surtido o efeito esperado na geração de empregos.
O economista Roberto Hollanda analisa as medidas tomadas pelo presidente e explica quais são os desafios que Jair Bolsonaro deve enfrentar em sua gestão para estabilizar as contas públicas e melhorar a situação econômica do país.