O futuro presidente Jair Bolsonaro se reuniu com os governadores eleitos para 2019, pela primeira vez. O encontro realizado nesta quarta-feira, dia 14, em Brasília (DF), teve como temas principais a reestruturação da economia e a desburocratização, com base nas reformas da Previdência e do sistema tributário.
Ibaneis Rocha, que assume o governo do Distrito Federal a partir de janeiro, afirma que os débitos da União para com os estados também não passaram batidos, segundo Rocha. “No caso do Refis [programa de renegociação de dívidas], o governo recebeu as verbas e não fez os repasses aos estados e municípios”, exemplifica.
Governadores não relataram debates específicos para o agronegócio durante o encontro, mas disseram que algumas pautas debatidas por Bolsonaro contemplam o setor.
“Ele falou sobre a possibilidade de avançarmos em uma junção de decisões do setor rural e da área do meio ambiente”, diz o futuro governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Segundo ele, isso daria maior rapidez às decisões. “Não haveria todas aquelas dificuldades criadas no meio do caminho”, complementa.
Sete governadores faltaram ao encontro desta quarta. Antônio Denarium, eleito para governar Roraima, não considera as ausências como falta de apoio ao novo presidente. “Aqueles que não vieram é porque tinham outras agendas dentro e fora do Brasil”, defende.
As ausências registradas nesta reunião são do Nordeste, região cujo fortalecimento do agronegócio foi um pedido de Jair Bolsonaro à futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
Neste sentido, segundo o governador eleito no Piauí, Wellington Dias, empresas como o Banco do Nordeste, Caixa Econômica, BNDES e Banco do Brasil são “instrumentos importantes de desenvolvimento”.