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Diversos

Bolsonaro pode ter ‘solução caseira’ do agro para o Meio Ambiente

Segundo ex-deputado próximo a Onyx Lorenzoni, pode ‘haver surpresa’ na nomeação; presidente eleito quer nome capaz de aliar preservação e desenvolvimento econômico

Jair Bolsonaro
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ex-deputado federal Abelardo Lupion, liderança forte do agronegócio e amigo do ministro-extraordinário Onyx Lorenzoni, afirmou nesta quarta-feira, dia 28, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, que os nomes cotados até agora para o Ministério do Meio Ambiente (MMA) são bons, mas disse que pode haver uma surpresa. “Pode ter outro nome, uma solução caseira que eu não vou falar para não queimar a pessoa”, disse Lupion, que vai integrar o governo federal com cargo na Casa Civil a partir de 2019.

Embora Jair Bolsonaro tenha acenado com a possibilidade de anunciar o futuro titular do Meio Ambiente nesta quarta, a divulgação do novo ministro só deverá ser feita na semana que vem. Sobre a indefinição para o cargo, o presidente eleito afirmou que ainda está tendo conversas e acertos, e que a escolha é criteriosa para que o Brasil tenha uma “política ambiental de verdade”.

“O país que mais preserva no mundo somos nós. Agora não pode uma política ambiental atrapalhar o desenvolvimento do Brasil. Nós queremos uma política ambiental de verdade, todos nós queremos preservar o meio ambiente, mas não dessa forma que está aí”, declarou Bolsonaro em entrevista coletiva. Ele afirmou que a escolha do MMA e de outros dois ministérios ainda sem indicação será feita até a próxima semana.

A demora para a definição do nome, segundo o presidente eleito, é para encontrar alguém que consiga alinhar a preservação do meio ambiente ao desenvolvimento nacional. “Hoje a economia está dando certo, quase, na questão do agronegócio e eles estão sufocados por questões ambientais que não colaboram em nada para o desenvolvimento e a preservação do meio ambiente. Isso é um contraponto, mas é uma grande verdade. É por isso também a demora para a escolha de um bom nome, que faça uma política de verdade voltada para o meio ambiente e voltada para os interesses nacionais”, disse.

Cotados para o Meio Ambiente

Conforme o canal Rural já havia adiantado, há três cotados para o Meio Ambiente. O nome mais recente a figurar na concorrência é o de Ricardo Salles, ex-secretário de Meio Ambiente de São Paulo. Além dele, Evaristo de Miranda e Xico Graziano também estariam no páreo. Miranda alega questões pessoais, e não deve aceitar o cargo; ele pretende ajudar o governo na inteligência e na análise territorial. Xico Graziano não foi encontrado pela reportagem.

O nome de Ricardo Soavinski, ex-presidente do ICMBio, está descartado. Segundo Abelardo Lupion, ele será presidente da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago) no governo de Ronaldo Caiado (DEM), colega de partido e de Câmara do ex-deputado paranaense. Atualmente, Soavinski preside a Sanepar, Companhia de Saneamento do Paraná.

Novos ministros

Bolsonaro anunciou três futuros ministros nesta quarta-feira. O primeiro foi Gustavo Henrique Rigodanzo Canuto para o Ministério do Desenvolvimento Regional. Canuto é servidor de carreira do Planejamento e atual secretário-executivo do Ministério da Integração. Sua pasta vai absorver as estruturas dos ministérios da Integração Nacional e Cidades. Ficará responsável, entre outras funções, pela gestão do programa Minha Casa, Minha Vida. Ele negou que tenha sido uma indicação do ex-ministro da Integração Nacional Hélder Barbalho, afirmando que a escolha foi técnica.

O segundo ministro anunciado foi Osmar Terra (MDB-RS). Médico e deputado federal, foi ministro do Desenvolvimento Social dos governos de Dilma Rousseff e Michel Temer. Agora, ficará à frente do Ministério da Cidadania de Jair Bolsonaro. A pasta vai unir os ministérios do Desenvolvimento Social, Esportes e Cultura. Terra vai gerir programas importantes, como o Bolsa Família e afirmou que será possível criar o 13° salário aos beneficiários, como prometido na campanha por Bolsonaro.

Terra também disse que as políticas de compras governamentais de produtos de agricultores familiares, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) serão tocados pelo Ministério da Cidadania. Inicialmente, existia a possibilidade dessas ações serem geridas pelo Ministério da Agricultura.

Osmar Terra negou ser indicação do MDB. Segundo ele, teve apoio das bancadas parlamentares da assistência social, do idoso, das pessoas com deficiência, entre outras.

O último anunciado foi o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG) para o Ministério do Turismo. Ele foi o deputado mais votado em Minas Gerais nas últimas eleições e é do partido de Bolsonaro. Antônio recebeu o apoio da nova bancada mineira.

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