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Diversos

Milho: mesmo com escassez do grão, Brasil aumenta exportações em 20%

Segundo analista, bons volumes de exportação do grão só devem ser registrados em julho, com entrada da safrinha no mercado

exportação de milho
Grãos de milho sendo embarcados. Foto: Portos do Paraná

As exportações brasileiras de milho totalizaram 2,548 milhões de toneladas até a quarta semana de janeiro, alta de 20,9% sobre as 2,107 milhões exportadas em mesmo período do ano passado, apontam dados preliminares do Ministério da Economia, divulgados nesta segunda, 1º.

As vendas externas de milho também ficaram acima das projeções feitas pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), que esperava o volume de 2,313 milhões de toneladas para o mês. O número das exportações do cereal chama a atenção no período, uma vez que escassez de grãos, não só o milho, predomina no mercado brasileiro.

Segundo o analista de mercado Vlamir Brandalizze, esse deve ser o último mês com bons registros de exportação de milho, até que a nova safra seja colhida. “As vendas de janeiro são de contratos negociados antes da escassez do grão que vimos no mercado a partir de agosto. De agora em diante, a tendência é de embarques menores até a entrada da safrinha, depois de julho”, ressalta.

Sem disponibilidade de milho no mercado, Brandalizze prevê que os embarques fiquem abaixo de 1 milhão de toneladas já para fevereiro.

Exportação de soja é menor, mas cenário pode mudar

Em relação à soja, as exportações do produto em grão seguem com um volume tímido neste início de ano. Até a quarta semana de janeiro, foram 49,498 mil toneladas exportadas, bem abaixo das 1,397 milhão negociadas no mesmo período de 2020.

No entanto, com início da colheita em diversas regiões do país, a tendência é de bons volumes a serem exportados já no próximo mês. “Até o momento, a maior parte da soja colhida não atende aos padrões de exportação. Mas, para a segunda quinzena de fevereiro, os embarques vão aumentar consideravelmente e teremos um tráfego intenso de navios nos portos brasileiros”, projeta o analista.

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